2010-08-10 20:21:18

BENTO XVI: SÃO LOURENÇO MOSTRA-NOS CAMINHO PARA ENCONTRAR CRISTO


Cidade do Vaticano, 10 ago (RV) - "Exemplo de intrépida fidelidade cristã até o martírio": assim Bento XVI definiu, em diversas ocasiões, São Lourenço diácono e mártir, cuja festa litúrgica celebramos nesta terça-feira.

Tendo vivido na Roma do Séc. III, sofreu perseguições por parte do Imperador Valeriano e foi submetido ao martírio sendo colocado numa grelha aquecida por carvões ardentes. Sua vida foi caracterizada, sobretudo, pelas obras de caridade. Aproveitamos a ocasião para recordar o pensamento de Bento XVI sobre esse grande Santo.

"Eis aí os tesouros da Igreja". A célebre frase de São Lourenço foi uma resposta ao prefeito do Imperador Valeriano que lhe pedia que entregasse os seus tesouros, em troca da vida. Os tesouros que Lourenço indicou não eram nem ouro nem pedras preciosas: eram os pobres, os doentes, os marginalizados aos quais assistia todos os dias.

Essa resposta, numa época de perseguições anticristãs, custou-lhe a vida e Lourenço foi martirizado na grelha. Era 10 de agosto do ano 258. Quatro dias antes morrera o Papa Sisto II, a quem Lourenço assistia como diácono.

E a história não os esqueceu:

"A história nos confirma como o nome desse Santo é glorioso. A sua solicitude para com os pobres; o generoso serviço que prestou à Igreja de Roma no setor da assistência e da caridade; a fidelidade ao Papa, sem limites, a ponto de querer segui-lo na provação suprema do martírio e do heróico testemunho do sangue, dado poucos dias depois, são fatos universalmente conhecidos." (Homilia na Basílica romana de São Lourenço Fora dos Muros, 30 de novembro de 2008).

Testemunha corajosa da fé em Cristo, São Lourenço torna-se assim mensageiro do valor da santidade e nos indica o caminho a ser seguido:

"Ele nos repete que a santidade, isto é, o ir ao encontro de Cristo que vem continuamente visitar-nos, não passa de moda, pelo contrário, com o passar do tempo resplandece de modo luminoso e manifesta a perene inclinação do homem a Deus. (...) Que Lourenço, testemunha heróica de Cristo crucificado e ressuscitado, seja para cada um exemplo de dócil adesão à vontade divina a fim de que – como ouvimos o Apóstolo Paulo recordar na Carta aos Coríntios – também nós vivamos de modo a sermos "irrepreensíveis" no dia do Senhor (cfr 1 Cor 1, 7-9)." (Homilia na Basílica romana de São Lourenço Fora dos Muros, 30 de novembro de 2008)

Hoje, os restos mortais de São Lourenço são venerados na Basílica a ele dedicada em Roma. E junto a todos os Santos, o diácono nos deixa um grande ensinamento:

"Estes santos são testemunhas daquela caridade que ama "até o fim", e não leva em consideração o mal recebido, mas o combate com o bem (cfr 1 Cor 13, 4-8). Deles se pode aprender – especialmente os sacerdotes – o heroísmo evangélico que nos impele, sem nada temer, a dar a vida pela salvação das almas. O amor vence a morte!" (Angelus Castel Gandolfo, 9 de agosto de 2009)

Quem dá a vida por amor pelos pobres e necessitados recorda-nos a importância da caridade, daquela caridade que transforma o mundo:

"A caridade é capaz de gerar uma mudança autêntica e permanente da sociedade, agindo nos corações e nas mentes dos homens, e quando é vivida na verdade é a principal força propulsora para o verdadeiro desenvolvimento de toda pessoa e de toda a humanidade" (Caritas in veritate, 1). O testemunho da caridade para o discípulo não é um sentimento passageiro, mas, pelo contrário, é aquilo que plasma a vida em todas as circunstâncias." (Basílica de São João de Latrão, 15 de junho de 2010) (RL)







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