2010-08-09 12:16:18

ÍNDIOS: SOFRIMENTO E DISCRIMINAÇÃO


Nova York, 09 ago (RV) - A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, saudou ontem os progressos em matéria de direitos humanos dos povos indígenas, mas alertou que o mundo não pode ser complacente com o sofrimento dos povos indígenas.

Hoje o mundo recorda o Dia Internacional dos Povos Indígenas e para marcar a data, a comissária divulgou uma nota recordando que pobreza, marginalização e violações de direitos continuam presentes na vida dos índios.

A alta comissária advertiu, no entanto, que não há espaço para complacência. A persistência de violações dos direitos dos povos indígenas em todas as regiões do mundo merece a nossa atenção e ação.

Para Navi Pillay, existe um abismo entre a realidade das aldeias e os princípios da Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

“Eles continuam a sofrer discriminação e marginalização; há indiferença em relação às suas preocupações ambientais e ao deslocamento de seus locais tradicionais, e permanecem excluídos dos processos decisivos da política” - disse a comissária da ONU.

Navi Pillay denunciou ainda que “aqueles que trabalham para corrigir esses males são muitas vezes vítimas de perseguição por defenderem os direitos humanos”, e pediu que o mundo redobre seus esforços por uma parceria pela ação e dignidade a favor dos indígenas.

Segundo estimativas publicadas na Internet, vivem hoje no Brasil 519.000 índios, que representam 0,4% da população. As regiões onde a concentração é mais significativa são o Norte e o Centro-Oeste. Na época do descobrimento, existiam no território mais de mil povos, num total de cinco milhões de indígenas.
(CM)







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