Castel Gandolfo, 08 ago (RV) - Bento XVI presidiu a oração mariana do Angelus,
deste domingo, no pátio interno da residência apostólica, em Castel Gandolfo.
O
Papa recordou que no Evangelho de hoje, Jesus continua com os seus discípulos o discurso
sobre o valor da pessoa aos olhos de Deus e sobre a inutilidade das preocupações terrenas.
"Não se trata de um incentivo ao desempenho, pelo contrário, ouvindo o convite
de Jesus 'Não tenhais medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos
o Reino', o nosso coração é aberto por uma esperança que ilumina e anima a existência
concreta: temos a certeza de que o Evangelho é uma comunicação que produz fatos e
muda a vida" – frisou o Papa.
O pontífice sublinhou que "quem tem esperança
vive de maneira diferente, pois lhe foi dada uma vida nova".
"No Evangelho
de hoje, Jesus – através das três parábolas - ilustra como a expectativa da plenitude
da beata esperança, a sua vinda, deve incentivar ainda mais a uma vida intensa, rica
de boas obras: 'Vendam os seus bens e dêem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que
não envelhecem, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão não chega,
nem a traça rói'. É um convite a usar as coisas sem egoísmo, sede de poder ou domínio,
mas segundo a lógica de Deus, a lógica da atenção ao outro, a lógica do amor" - sublinhou
Bento XVI.
E ressaltando a lógica do amor, o Santo Padre lembrou os santos
que celebraremos nesta semana, pessoas que souberam viver a sua vida em Deus.
Neste
domingo, a Igreja recorda São Domingos de Gusmão, fundador no século XIII da Ordem
Dominicana, que desempenha a missão de educar a sociedade sobre a verdade de fé, preparando-se
ao estudo e à oração. O Papa lembrou também que no próximo dia 10, a Igreja celebra
o santo diácono Lourenço, mártir do III século; Santa Clara de Assis, no dia 11, que
prosseguindo a obra franciscana, fundou a Ordem das Clarissas.
Bento XVI recordou
que a Igreja celebrará também dois mártires que partilharam o mesmo destino em Auschwitz.
Trata-se da carmelita Santa Teresa Bendita da Cruz, Edith Stein, no dia 09, e São
Maximiliano Maria Kolbe, no dia 14 próximo, sacerdote franciscano fundador da Milícia
de Maria Imaculada. "Ambos viveram o tempo obscuro da II Guerra Mundial sem perder
de vista a esperança, o Deus da vida e do amor" – frisou o Papa.
Enfim, o Santo
Padre concedeu a todos a sua bênção apostólica. (MJ)