2010-08-07 16:50:51

MATTEO RICCI: O JESUÍTA QUE ABRIU AS PORTAS AO DIÁLOGO ENTRE OCIDENTE E ORIENTE


Macau, 07 ago (RV) – No âmbito das relações entre a Santa Sé e a China, um nome volta sempre à mente: o do missionário jesuíta Pe. Matteo Ricci, que abriu as portas ao diálogo entre Ocidente e Oriente, e mostrou ao Vaticano e à China o caminho da evolução, um exemplo diplomático válido quatro séculos após a sua morte.

Pe. Ricci tornou realidade o sonho de São Francisco Xavier: foi o primeiro missionário católico europeu autorizado a estabelecer-se em Pequim, em 1601, com a missão de evangelizar a China, vista como a chave da cristianização da Ásia.

Pe. Matteo Ricci (1552-1610), o "mestre confuciano do Ocidente", como era conhecido pelos intelectuais chineses, ganhou o respeito do imperador da China, mesmo sem conhecê-lo e escreveu o primeiro capítulo da história do intercâmbio cultural entre o Gigante Asiático e a Europa.

Ao introduzir os conhecimentos europeus na China, Pe. Ricci "mostrou ao país que o Ocidente não era bárbaro" – comentou o presidente do Instituto Ricci, de Macau, o sacerdote jesuíta polonês, Pe. Artur Wardega, sublinhando que, vice-versa, o missionário deu também a conhecer à Europa o pensamento chinês, pela tradução de clássicos como Confúcio.

A estratégia de evangelização adotada por Pe. Matteo Ricci, que consentiu aos cristãos chineses a manutenção de práticas consideradas na Europa como superstições, como a adoração dos antepassados, designadamente de Confúcio, foi condenada pela Santa Sé até 1939.

Para o Pe. Luís Sequeira, fundador do Instituto Ricci, de Macau, o missionário italiano – sepultado em Pequim – "mostrou como deve evoluir a Igreja e a própria China": um caminho baseado no "diálogo e na compreensão entre culturas e religiões". (AF)








All the contents on this site are copyrighted ©.