2010-08-06 17:46:55

HÁ 32 ANOS FALECIA PAULO VI: "TESTEMUNHA DA ESPERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS"


Cidade do Vaticano, 07 ago (RV) – Há exatos 32 anos – na noite de 6 de agosto de 1978, em Castel Gandolfo, festa da Transfiguração – falecia Giovanni Battista Montini, Papa Paulo VI. Às 17h de ontem, na basílica vaticana, uma celebração eucarística presidida pelo bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro, recordou o inesquecível papa.

Desde os tempos do Concílio Ecumênico Vaticano II, Bento XVI é ligado, de modo particular, a Paulo VI, cujo magistério, "em tempos nada fáceis para a Igreja", recorda reiteradas vezes, em seus pronunciamentos.

Uma testemunha da verdade, um guia de almas, um homem que, "com coragem, indicou o caminho do encontro com Cristo". Existe muito de Paulo VI na vida e no magistério de Bento XVI. E foi o próprio pontífice, em visita a Brescia, terra natal do Papa Montini, em novembro do ano passado, a sublinhar seus laços de afeto e devoção a seu predecessor que o nomeou arcebispo de Munique e depois o criou cardeal, em 1977.

Um "papa corajoso em tempos difíceis", que soube manter forte e constante o timão da Barca de Pedro, em águas turbulentas. Bento XVI indica no amor por Cristo, o segredo de sua ação pastoral, desempenhada com incansável dedicação, "adotando, muitas vezes, decisões difíceis e impopulares".

"Amor que vibra com expressões tocantes em todos os seus ensinamentos – diz Bento XVI. Seu ânimo de pastor era guiado por uma força missionária alimentada por um sincero desejo de diálogo com a humanidade. Seu convite profético, tantas vezes proposto, a renovar o mundo conturbado por inquietações e violências, mediante a edificação da "civilização do amor", nascia – segundo Bento XVI – de sua total confiança em Jesus, Redentor do Homem."

Papa Montini "inventou" as viagens internacionais, promoveu o diálogo ecumênico e se empenhou em prol de um autêntico desenvolvimento "em favor da promoção de cada homem e do homem em sua totalidade". "Paulo VI – sublinha Bento XVI – foi, sobretudo, o papa que levou a termo o Concílio Vaticano II, um mérito quase que sobre-humano."

Particularmente violentos – lembra o pontífice – foram os ataques que Paulo VI teve que enfrentar, dentro e fora da Igreja, em virtude da publicação da encíclica Humanae Vitae, centrada sobre o amor conjugal responsável.

O que nos resta, hoje, do extraordinário patrimônio de fé deixado por Paulo VI? É ainda Bento XVI quem responde, citando um texto do jovem Montini, datado de 1931. Uma frase programática que parece ter sido proferida pelo próprio Joseph Ratzinger: "Quero que minha vida seja um testemunho à verdade!" (AF)







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