2010-08-05 16:30:57

FORÇAS DA ONU CONTESTAM VERSÃO LIBANESA DO CONFLITO COM ISRAEL


Beirute, 05 ago (RV) - O choque entre Líbano e Israel, nos dias passados, teria ocorrido depois que o exército israelense começou a cortar uma árvore na região fronteiriça, supostamente para melhorar o campo de visão. Os libaneses entenderam a medida como uma provocação e abriram fogo: essa foi a versão libanesa fornecida para o confronto ocorrido nesta terça-feira, e que matou um oficial israelense, dois soldados libaneses e um jornalista também libanês.

Essa versão, todavia, é contestada pela força de paz da Onu no sul do Líbano – a Unifil – que confirmou que a árvore estava em território israelense. "A Unifil estabeleceu que as árvores que estão sendo cortadas pelo exército israelense estão localizadas ao sul da Linha Azul, no lado israelense" – disse o porta-voz da força de paz, tenente Naresh Bhatt.

Hoje, o Líbano reconheceu que a árvore estava ao sul de um limite oficial, determinado pela Onu e conhecido como Linha Azul, que separa os dois países. Essa linha foi delineada em 2000, após duas décadas de ocupação israelense no sul do Líbano, iniciada em 1982.

O ministro da Informação libanês, Tarek Mitri, disse que o país contesta a demarcação da Linha Azul em certas áreas, entre elas a vila de Adeisseh, onde o confronto ocorreu, e disse que Israel agiu de maneira ostensivamente provocatória.

Israel, por sua vez, disse que o anúncio da Onu confirma claramente sua versão dos fatos. "Nossa atividade de rotina foi conduzida inteiramente ao sul da fronteira, do lado israelense, e o exército libanês abriu fogo sem qualquer provocação ou justificativa" – disse o porta-voz do governo de Tel Aviv, Mark Regev.

Esse foi um dos mais sérios confrontos desde a breve guerra entre Israel e o grupo libanês Hezbollah, em 2006. Foi também uma dura lembrança de como a fronteira continua instável, apesar de os dois lados tentarem, aparentemente, restaurar a paz. (AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.