2010-08-04 18:44:24

QUÊNIA: MISSIONÁRIO PORTUGUÊS TEME NOVA ONDA DE VIOLÊNCIA


Nairóbi, 04 ago (RV) - No Quênia, mais de 12 milhões de cidadãos comparecem hoje às urnas, para manifestar-se no referendo sobre a nova Carta Magna do país.

Um missionário português - Pe. Filipe Resende - fala sobre seus receios de que a consulta popular possa descambar em "desordens e destruição", voltando a se instalar no país, o clima vivido após as eleições de dezembro de 2007.

Pe. Resende enviou uma carta à agência portuguesa de notícias - ECCLESIA - na qual admite que o país necessita de uma Constituição "nova e mais democrática", mas sublinha que "muitos valores humanitários e fundamentalmente cristãos estão comprometidos na redação da nova Constituição" que está sendo referendada pelo povo nesta quarta-feira, 4 de agosto.

Doze milhões de quenianos são chamados às urnas, para decidir sobre um texto que prevê restrições aos poderes presidenciais, devolução de diferentes atribuições do Estado, e criação de um Senado com poderes de supervisão e coordenação.

A nova Carta Magna provocou a oposição da Igreja Católica e de outras denominações cristãs, pois inclui uma cláusula que - segundo as Igrejas - poderá abrir as portas à legalização do aborto, entre outras coisas.

O missionário português denuncia a existência de "um país inundado pela corrupção e pelos interesses particulares que, ao longo dos anos, teimam em prosseguir impunes" - afirma.

Mais de 63 mil agentes em todo o país foram mobilizados para garantir a segurança, particularmente em Rift Valley, onde em 2008 ocorreu o maior número de mortes como resultado da violência pós-eleitoral.

A Onu enviou 50 observadores para acompanhar o desenrolar da votação nas áreas mais problemáticas do país. (AF)







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