Bento XVI no Reino Unido em Setembro: contestatários são uma minoria, diz coordenador
britânico da visita
(29/7/2010) O responsável pela visita de Bento XVI à Grã-Bretanha, Lorde Christopher
Patten, considera que a contestação à viagem papal, agendada para 16 a 19 de Setembro,
é pouco significativa. Em entrevista à Rádio Vaticano, o coordenador defende o
direito aos protestos pacíficos mas diz que eles “representam uma pequena minoria”. Respondendo
às críticas sobre os custos da visita, que estima entre 10 a 12 milhões de libras
(12 a 14,3 milhões de euros), Christopher Patten lembrou que a cimeira do grupo de
vinte ministros das finanças e governadores de bancos centrais de vinte países (G20),
que o país acolheu em 2009, custou, para um só dia, entre 22,6 e 23,9 milhões de euros. O
coordenador da visita, nomeado pelo primeiro-ministro inglês, David Cameron, afirma
que esta comparação deve ajudar a contextualizar as despesas da viagem papal. Christopher
Patten valoriza o entendimento e as parcerias que podem ser estabelecidas por dois
estados com maiorias religiosas diferentes e está convencido que as consequências
positivas da visita podem “surpreender os que inicialmente foram críticos”. “O
programa permitirá não somente que a comunidade católica se relacione com o Papa,
mas proporcionará também a ocasião para demonstrar que o governo de um país de grande
maioria não-católica tem uma vasta agenda de possibilidade de colaboração com a Igreja
Católica: a justiça global, as mudanças climáticas e a sustentabilidade do meio ambiente”,
explicou. A viagem de Bento XVI é a primeira visita de Estado de um Papa ao país,
já que a estadia de João Paulo II, em 1982, teve uma dimensão exclusivamente pastoral. O
mote da visita, “Coração que fala ao coração”, foi extraído de um dos escritos do
Cardeal John Henry Newman, que vai ser beatificado pelo Papa durante a sua permanência
no Reino Unido.