2010-07-29 12:47:28

A IGREJA NO MUNDO DO TRABALHO


Santiago, 29 jul (RV) – Conclui-se amanhã na capital chilena, Santiago, o seminário "A pastoral do mundo do trabalho em uma economia globalizada", promovido pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).

A finalidade do evento é apoiar as conferências episcopais na organização e fortalecimento da pastoral do mundo do trabalho, incluindo os trabalhadores informais e os desempregados. Desta iniciativa, participam 35 pessoas provenientes de 14 países da América Latina e do Caribe.

Na inauguração do encontro, Dom José Luis Azuaje Ayala, membro do Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM, sublinhou que o mundo do trabalho é muito complexo, pois lida com a economia, a política, a empresa e a cultura, mas principalmente com a família.

"Todas estas dimensões que conformam a sociedade têm um forte impacto na organização e fortalecimento no mundo do trabalho em nosso continente. Pretendemos refletir para nos aproximar-nos da realidade do mundo do trabalho e, com criatividade, encontrar novos caminhos de compromisso evangelizador nesta dimensão" – disse o Bispo.

Citando o Documento de Aparecida, Dom Azuaje recordou Jesus, o carpinteiro, que dignificou o trabalho e o trabalhador, afirmando que o trabalho não é um mero apêndice da vida, mas "constitui uma dimensão fundamental da existência do homem na terra, pela qual o homem e a mulher se realizam como seres humanos. O trabalho garante a dignidade e a liberdade do homem e é provavelmente a chave essencial de toda a questão social" (DA 120).

"A opção preferencial pelos pobres e a situação de injustiça e pobreza que nossos povos vivem, manifestada nos rostos sofredores (cf. DA 402) – recordou –, devem nos interpelar na busca de novas propostas pastorais nos diversos países, assim como no exercício da dimensão profética da Igreja, para compartilhar e acompanhar os que mais sofrem as injustiças do desemprego, do trabalho infantil e forçado, mulheres maltratadas e exploradas, como também a daqueles irmãos e irmãs que não têm segurança social ou se veem ameaçados por questões políticas ou ideológicas. São muitas as realidades de fora que esta dimensão expressa, mas muitas também são as oportunidades de serviço para a Igreja."
(BF)







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