TANZÂNIA: IGREJA PEDE IMPARCIALIDADE NAS ELEIÇÕES E NEGA ACUSAÇÕES

Dar Es Salaam, 27 jul (RV) - "Uma tentativa deliberada de algumas mídias para manchar a boa imagem da Igreja que, há anos, trabalha por eleições livres e justas". Com essas palavras, o presidente da Conferência Episcopal da Tanzânia, Dom Jude Thaddeus Ruwaichi, respondeu às insinuações de um jornal local sobre pretensas manobras políticas da Igreja para condicionar as eleições presidenciais e parlamentares de 31 de outubro próximo.



As acusações fazem referência à candidatura de Willibrod Slaa, do partido "Chadema". Segundo o jornal, Slaa seria o candidato escolhido pela Igreja para "equilibrar os votos entre cristãos e muçulmanos".



Dom Ruwaichi negou as acusações em uma coletiva de imprensa, classificando-as de "difamações infundadas e arbitrarias contra a Igreja". O prelado ainda disse aos reporteres que irá mover uma ação legal contra o jornal. Ele afirmou que o Episcopado não tem um candidato próprio e que não tem intenção alguma de fazer campanha eleitoral.



"Gostaríamos de esclarecer que a Igreja continuará, contudo, a pregar a paz, o amor à justiça, à reconciliação e à solidariedade, cooperando com todos para assegurar um voto livre e justo" – ressaltou Dom Ruwaichi.



Em vista das eleições, os bispos difundiram recentemente uma declaração, convidando os conterrâneos a avaliarem atentamente os candidatos e a supervisionar o correto desenvolvimento da contagem dos votos. (ED)