2010-07-26 17:03:52

AGOSTO: INTENÇÃO GERAL E MISSIONÁRIA DO PAPA PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO


Cidade do Vaticano, 26 jul (RV) – Em agosto, na intenção geral do papa para o apostolado da oração, devemos rezar pelos desempregados e os sem-teto, e todos aqueles que vivem em graves situações de necessidade, para que encontrem compreensão e acolhimento, e sejam ajudados de modo concreto, a superarem suas dificuldades.



Na intenção missionária, o pontífice pede que rezemos pelos discriminados, pelos famintos e migrantes, para que a Igreja seja "casa de todos", pronta a abrir suas portas a todos aqueles que são obrigados pelas agruras das discriminações raciais e religiosas, da fome e das guerras a emigrar para outros países.



Como não pensar – diz o papa – nos milhões de pessoas, em particular mulheres e crianças, que sofrem a carência de água, comida e habitação? O escândalo da fome, que tende a se agravar, é inaceitável num mundo que dispõe de bens, conhecimentos e meios para sanar essa situação.



Isso nos leva a mudar nosso estilo de vida e nos recorda a urgência de eliminar as causas estruturais das disfunções da economia mundial, e de corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito pelo meio ambiente e um desenvolvimento humano integral para hoje e, sobretudo, para o futuro.



Convido uma vez mais – diz o Santo Padre – os responsáveis pelas nações mais ricas, a tomarem iniciativas necessárias para que os países pobres, que frequentemente dispõem de muitos recursos naturais, possam beneficiar-se dos frutos de seus próprios bens. Desse ponto de vista, também é motivo de preocupação o atraso no cumprimento dos compromissos assumidos pela comunidade internacional nos anos recentes.



Seria desejável – acrescenta Bento XVI – a retomada das negociações comerciais de "Doha" – Doha Development Round – da Organização Mundial do Comércio, assim como a continuação e aceleração do processo de cancelamento e redução da dívida externa dos países mais pobres, sem que isso seja condicionado por medidas de ajuste estrutural, prejudiciais às populações mais vulneráveis.



No âmbito do desarmamento – prossegue o papa – multiplicam-se os sintomas de uma crise progressiva, vinculada às dificuldades nas negociações sobre as armas convencionais, assim como sobre as armas de destruição em massa e, por outro lado, o aumento das despesas militares em escala mundial.



As questões de segurança, agravadas pelo terrorismo que é necessário condenar com firmeza – diz o Santo Padre – devem ser abordadas a partir de um enfoque global e prudente.



No que se refere às crises humanitárias – sublinha o pontífice – convém levar em consideração que as organizações que as enfrentam, necessitam de um apoio mais forte, a fim de que possam proporcionar proteção e assistência às vítimas.



Outra questão que adquire sempre maior relevo – recorda Bento XVI – é a das migrações: milhões de homens e mulheres que se veem obrigados a deixar seus lares ou sua pátria devido a violências, ou a buscar condições de vida mais dignas. É ilusório pensar que os fenômenos migratórios possam ser bloqueados ou controlados com o uso da força. As migrações e os problemas que delas derivam devem ser enfrentados com humanidade, justiça e compaixão.



No texto da intenção missionária, onde o papa nos pede que rezemos pelos discriminados, pelos famintos e migrantes, para que a Igreja seja "casa de todos", pronta a abrir suas portas a todos aqueles que são obrigados pelas agruras das discriminações raciais e religiosas, da fome e das guerras a emigrar para outros países, o pontífice recorda que, este ano, a Mensagem para o Dia do Migrante e do Refugiado tem por tema "São Paulo migrante: apóstolo dos gentios".



A proclamação do kerygma (o anúncio da salvação) impulsionou São Paulo a atravessar os mares para percorrer os caminhos da Europa até chegar a Roma. Partiu de Antioquia, onde anunciou o Evangelho às populações que não pertenciam ao Judaísmo, e onde pela primeira vez, os discípulos de Cristo foram chamados "cristãos".



Sua vida e sua pregação tiveram como objetivo fazer com que Cristo fosse conhecido e amado por todos, porque todos os povos são chamados a se converterem em um único povo.



A partir dessa premissa, o papa afirma que também na atualidade, na era da globalização, essa é a missão da Igreja e de todos os batizados. Uma missão que, com atenta solicitude pastoral, se dirige também ao variado universo dos migrantes: estudantes fora de seu país, imigrantes, refugiados e deslocados, incluindo os que são vítimas das novas formas de escravidão como, por exemplo, o tráfico de seres humanos.



Também hoje – sublinha o papa – é preciso propor a mensagem de salvação – o kerygma – com a mesma atitude do "apóstolo dos gentios", levando em consideração as diversas situações sociais e culturais, e as dificuldades particulares de cada um, como consequência de sua condição de emigrantes e itinerantes.



Faço votos – diz Bento XVI – que cada comunidade cristã tenha o mesmo fervor apostólico de São Paulo, o qual – no anunciar a todos o amor salvífico do Pai, a fim de ganhar para Cristo o maior número possível – se fez "frágil com os frágeis". Que seu exemplo – exorta o Santo Padre – nos sirva de estímulo para que sejamos solidários com esses nossos irmãos e irmãs, e promovamos, em todas as partes do mundo e através de todos os meios possíveis, a convivência pacífica entre as diversas etnias, culturas e religiões. (AF)








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