2010-07-23 18:46:16

CUBA COMPLETA ENVIO DE PRIMEIRO GRUPO DE PRESOS POLÍTICOS À ESPANHA


Havana, 23 jul (RV) - Mais cinco presos políticos cubanos viajaram para a Espanha, nesta quinta-feira, o que completa o primeiro grupo de 20 libertações anunciadas pelo Governo de Cuba por meio da Igreja Católica no país.

Familiares confirmaram à agência espanhola de notícias EFE, que Jorge Luis González Tanquero, José Ubaldo Izquierdo Hernández, Antonio Ramón Díaz Sánchez, Blas Giraldo Reyes e Jesús Mustafá Felipe viajaram ontem à noite para Madri, em voos regulares das companhias aéreas espanholas Iberia e Air Europa.

Todos foram condenados à prisão, na onda repressiva de 2003, quando foi preso um grupo de 75 opositores, jornalistas independentes e ativistas de direitos humanos cubanos.

Como ocorreu com os 15 primeiros presos libertados a partir do último dia 13, até agora os cinco últimos detentos foram transferidos de uma prisão de Havana direto para o aeroporto José Martí. Também não houve informação, nem por parte de fontes oficiais cubanas, nem da Igreja Católica local sobre detalhes dessas libertações.

Nilda Tanquero, mãe de Jorge Luis González Tanquero, disse por telefone, do povoado de Jovellanos, Oeste de Cuba, que sentia "muita alegria" pela libertação de seu filho e com a confirmação de que já estava a caminho da Espanha. Com ele viajaram seu irmão, Lázaro Miguel, com a esposa, três filhas e o marido de uma das filhas e sua menina" - explicou Nilda, que viajará com mais quatro parentes, em data ainda não determinada.

O Governo do Chile se ofereceu para receber Izquierdo Hernández como refugiado político. Ele aceitou a proposta de ir para o país depois de passar primeiro pela Espanha, aonde chegou hoje.

Esta semana, também viajaram para Madri, Arturo Pérez de Alejo Rodríguez, Ricardo Silva Gual, Alfredo Pulido López e Manuel Ubals González, como havia anunciado o Ministério das Relações Exteriores espanhol.

O Governo de Raúl Castro comprometeu-se a libertar gradualmente, no prazo de até quatro meses, os 52 dissidentes ainda presos do grupo de 75, no âmbito de um inédito processo de diálogo aberto com a Igreja Católica no país e apoiado pelo chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos. (AF)








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