2010-07-23 18:32:05

BISPO DE LISBOA PEDE QUE POLÍTICOS RENUNCIEM A PARTE DE SEUS SALÁRIOS


Lisboa, 23 jul (RV) – O bispo auxiliar de Lisboa, Dom Carlos Azevedo, desafiou os políticos portugueses a abdicarem de 20% de seus salários, a fim de instituir um fundo social. A proposta nasceu logo após a reunião extraordinária do Conselho Consultivo da Pastoral Social, que pediu "mais responsabilidade social e política perante a crise" e "soluções corajosas" para superar a mesma.



Por intermédio do presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, a Igreja Católica em Portugal fez ontem um forte apelo aos vários setores da vida portuguesa, em favor da instituição de um pacto social capaz de combater, de modo realista, a pobreza e as desigualdades no país.



Para Dom Carlos Azevedo, a crise em Portugal neste momento, alcançou tal profundidade que ele se sente no direito de propor aos políticos católicos, que renunciem a 20% de seus salários em favor da criação de um fundo social.



"Os políticos cristãos que têm como orientação na sua vida os princípios do Evangelho, poderiam dar este testemunho de modo voluntário, renunciando a uma parte do seu salário em favor de um fundo que vai ser criado junto à Caritas, para atender às situações mais criticas e que serão veiculadas através das paróquias que conhecem as pessoas. Sabemos que esta proximidade é fundamental para que a ajuda chegue a quem realmente precisa e não às pessoas que são mais ativas e conseguem ajudas aqui e acolá" – disse o prelado.



Ao término da reunião extraordinária do Conselho Consultivo da Pastoral Social, Dom Carlos Azevedo, pediu a todos "mais responsabilidade social e política perante a crise" e "soluções corajosas" para conseguir superá-la.



O bispo auxiliar de Lisboa quer um "pacto social justo" e apontou a existência de "desigualdades gritantes" e "realidades dramáticas" que afetam os menos favorecidos, ao mesmo tempo em que lembrou o fato de o rendimento de inserção social ser uma "ajuda fundamental" para muitos superarem o estado de pobreza profunda. (AF)








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