OMS ANUNCIA NOVA ABORDAGEM PARA TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM HIV
Nova York, 21 jul (RV) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia uma nova
abordagem para tratamento de crianças portadoras do vírus HIV, responsável pela Aids,
e pede maior acesso ao diagnóstico infantil, a partir de 4 a 6 semanas após o nascimento.
Sem o diagnóstico seguido do início imediato do tratamento, a OMS estima que um terço
dos bebês infectados irão morrer antes do primeiro ano de vida, e metade, antes de
completarem dois anos de idade.
A OMS afirmou, nesta terça-feira,
que um maior número de crianças portadoras do HIV em todo o mundo está recebendo tratamento:
no ano passado, foram 355 mil crianças em comparação às 276 mil de 2008. Segundo o
organismo da Onu, o resultado é encorajador, mas é preciso fazer mais para promover
uma vida saudável para esses bebês e crianças. As novas recomendações da OMS dizem
que mais vidas poderiam ser salvas, se os medicamentos fossem introduzidos mais cedo.
Poucas
crianças com idade inferior a um ano iniciam o tratamento para o HIV, em parte porque
os testes necessários para esse grupo não estão disponíveis. Por isso, a OMS pede
maior acesso ao diagnóstico infantil, já a partir de um mês a um mês e meio de vida.
Cerca
de 400 mil bebês são infectados, todos os anos, como resultado da transmissão vertical
de mãe para filho. Para reduzir os riscos, a OMS também recomenda que as portadoras
de HIV recebam antiretrovirais durante a gravidez, no parto e durante o período de
amamentação.
De acordo com o organismo da Onu, existem evidências que
comprovam que o tratamento precoce é mais eficaz e pode eliminar quase todas as transmissões
verticais. (AF)