2010-07-20 12:01:17

VIENA: RELATÓRIO UNICEF SOBRE AIDS NA EUROPA E ÁSIA


Viena, 20 jul (RV) - Realiza-se em Viena, na Áustria, a 18ª Conferência Mundial sobre a AIDS.

Foi apresentado ontem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) um relatório sobre a situação de crianças e jovens da Ásia central e do leste da Europa, que vivem com vírus HIV.

Segundo o relatório, a AIDS está se expandindo através do consumo de drogas, relações sexuais de alto risco e por causa da baixa auto-estima social que desencoraja as pessoas a buscarem informações relativas à prevenção e assistência.

O documento sublinha as dificuldades encontradas por crianças que vivem com o vírus HIV, adolescentes, mulheres grávidas que utilizam drogas e mais de um milhão de crianças e adolescentes que vivem nas ruas nessas regiões.

Os jovens excluídos estão expostos a todo tipo de risco, como o consumo de drogas, a exploração sexual e outros tipos de abusos e violência, que os levam a contrair o HIV. As tendências são preocupantes porque nessas regiões se registram 3 milhões e 700 mil usuários de droga por via endovenosa – quase um quarto da soma mundial. Muitos começam a usar droga na adolescência.

Os atuais serviços de saúde e proteção social não respondem às necessidades dos adolescentes muitas vezes expostos a julgamentos morais, discriminações e também ações penais quando buscam informações sobre a cura para o HIV.

As crianças e adolescentes que vivem às margens da sociedade precisam ter acesso aos serviços de assistência médica e sociais. "Para ajudar os jovens que vivem com o vírus HIV as autoridades devem promover serviços amigos, que vão ao encontro das exigências dos adolescentes excluídos" - disse o Diretor Geral do UNICEF, Anthony Lake.

A chaga do HIV não é um problema somente de adultos e adolescentes. As crianças que vivem com o vírus não freqüentam escolas e creches, e sofrem vários tipos de discriminações.

O relatório do UNICEF é um apelo em favor da proteção do direito e da dignidade das pessoas que vivem com o vírus HIV ou que correm o risco de contrair a doença, sobretudo as crianças pobres e os jovens.

"Precisamos construir um contexto de confiança e assistência, não de julgamento e exclusão" – disse ainda Anthony Lake. "Somente combatendo a discriminação contra as pessoas soropositivas, o leste da Europa e Ásia central poderão vencer a difusão da epidemia" – concluiu ele. (MJ)







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