2010-07-16 18:51:40

AUNG SAN SUU KYI: CONDIÇÕES DE PRISÃO MAIS DURAS


Yangún, 16 jul (RV) - A Junta Militar de Mianmar (ex-Birmânia) endureceu as condições de prisão domiciliar da principal opositora do país e Prêmio Nobel da Paz-1991, Aung San Suu Kyi, informou nesta sexta uma rádio da dissidência.


O trâmite para que Suu Kyi pudesse ver seus advogados demorava, no passado, até três dias, mas com as novas regras, a espera vai demorar até quatro dias a mais, segundo Nyan Win, um de seus advogados. Nyan Wyn assinalou ainda, que a Junta no poder proibiu que se fale do caso com pessoas alheias ao processo.


Até o último dia 10, os advogados solicitavam uma permissão de visita à polícia e normalmente recebiam uma resposta três dias depois. A partir de agora, primeiro deverão escrever uma carta na qual Suu Kyi autoriza a reunião e apresentar o escrito à polícia. O escrito deverá ser levado por um agente à casa de Aung San Suu Kyi, que deverá assinar o mesmo e restituí-lo à delegacia pertinente. Só então terá prosseguimento o procedimento usado até agora.


As autoridades birmanesas não ofereceram explicações para complicar o contato entre um detido e seus advogados – no caso, a Nobel da Paz – que viveu em prisão domiciliar durante 15 dos últimos 21 anos.


O regime militar birmanês tem 2.200 presos políticos que tiveram sua libertação negada, a fim de que não participem das eleições legislativas que serão organizadas este ano, apesar da pressão internacional.


Aung San Suu Kyi, seu recém-dissolvido partido – a Liga Nacional para a Democracia (LND) – e outras formações boicotaram este pleito por considerá-lo antidemocrático.


Mianmar é governada por militares desde o levante do general Ne Win, em 1962. (AF)








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