2010-07-15 12:40:35

ARCEBISPO DENUNCIA ISOLAMENTO DOS CRISTÃOS NO IRAQUE


Roma, 15 jul (RV) – A comunidade cristã "está isolada, é alvo dos fundamentalistas e não recebe auxílio das políticas do governo''. Assim, o Arcebispo Jules Mikhael Al-Jamil descreveu, em coletiva de imprensa realizada ontem em Roma, a atual situação dos cristãos no Iraque, concentrados sobretudo na parte norte do país.



Uma situação que, porém, segundo o novo embaixador iraquiano junto à Santa Sé, Habbeb Mohammed Hadi Ali Al-Sadr, não é assim tão dramática: "A comunidade goza de todas as liberdades e em Bagdá provê à sua segurança.



Já a associação "Salvaimonasteri", que organizou a coletiva, divulgou a petição apresentada às Nações Unidas e assinada por políticos, docentes e católicos de todo o mundo, para denunciar a emergência de tutelar os direitos humanos dos cristãos no Iraque.



"Boa parte da comunidade já foi embora. Falta a relação com as instituições locais" – denunciou a presidente da associação, Elisabetta Valgiusti, acrescentando que a petição foi redigida logo após o atentado a um comboio de ônibus de estudantes cristãos que se dirigiam à Universidade de Mossul, que provocou quatro vítimas e 171 feridos.



Dom Al-Jamil explicou que, diferentemente de outras minorias, "os cristãos não possuem armas, não fazem parte da luta, mas representam o Ocidente agressor".



Mas de acordo com o embaixador iraquiano Al-Sadr, os cristãos são amplamente tutelados pelo governo, que providenciou a segurança dos edifícios de culto, abrindo investigações sobre os atentados. Segundo ele, o terrorismo atinge a comunidade cristã para atrair a atenção da mídia – algo que não aconteceria se o alvo fossem os muçulmanos. (BF)








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