2010-07-14 16:14:25

JRS DENUNCIA SITUAÇÃO DRAMÁTICA DOS HAITIANOS


Porto Príncipe, 14 jul (RV) - O Serviço Jesuíta para Refugiados (JRS) denunciou a situação dramática vivida pelos haitianos, seis meses após o terremoto que abalou a ilha, em 12 de janeiro passado, deixando um saldo de 230 mil mortos, 300 mil feridos e mais de um milhão de sem-teto.


"Chegou o momento de o Governo haitiano, a comunidade internacional e as agências da Onu enfrentarem concretamente as questões relativas à proteção, segurança alimentar, educação, saúde e outras necessidades urgentes dos grupos mais vulneráveis, incluindo os campos não oficiais" – disse o diretor do JRS, no Haiti, Pe. Wismith Lazard.


O jesuíta ressaltou que os doadores internacionais devem entregar os fundos prometidos em favor do Haiti e facilitar a participação da sociedade civil e política na reconstrução do país.


"Mais de um milhão de sobreviventes do terremoto – recordou Pe. Lazard - vive em condições higiênicas inadequadas, sem acesso aos serviços de saúde, alimentação e energia elétrica." O campo "Automeca" que hospeda 11 mil pessoas, construído na capital, Porto Príncipe, é um exemplo disso.


O sacerdote ressaltou que a situação no "Automeca" é uma vergonha nacional e internacional. "A distribuição de alimentos foi interrompida muito cedo sem avaliar o impacto negativo sobre os grupos mais vulneráveis" – afirma Pe. Lazard – ressaltando que o Programa Mundial de Alimentos (PAM) da Onu, de março a junho, não efetuou nenhuma distribuição de comida no "Automeca".


Outro grande problema sublinhando pelo sacerdote jesuíta é a insegurança vivida por mulheres e crianças, vítimas da exploração sexual em troca de alimentos.


"O Governo deve usar de sua autoridade para proteger desses abusos as pessoas que moram nos campos, e trabalhar em favor de soluções adequadas para o povo. (MJ)








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