SREBRENICA: OCASIÃO PARA RESSALTAR RESPEITO E TOLERÂNCIA
Nova York, 13 jul (RV) - Em cerimônia ontem em Nova York para lembrar os 15
anos do massacre de Srebrenica, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que
a busca por justiça vai permanecer incompleta até que os acusados por genocídio, crimes
contra a humanidade e de guerra enfrentem os tribunais.
Segundo ele, o
massacre na Bósnia foi o maior em solo europeu desde a fundação das Nações Unidas.
Ele
afirmou que o momento para recordar as vítimas e os horrores de Srebrenica serve também
para ressaltar o poder da tolerância e da compreensão.
Todos os bósnios
e aqueles que são parte dos Bálcãs, disse Ban Ki-moon, devem se relacionar novamente
com base no respeito mútuo e na confiança.
O Secretário-Geral citou progressos
na região e disse estar animado com esforços recentes pela reconciliação; mas advertiu
que o caminho ainda é longo e que a urgência por uma solução depende que os responsáveis
sejam punidos.
Ban ressaltou a importância da Corte Internacional de Justiça
e do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, que constituíram Srebrenica
como genocídio e contribuíram na luta contra a impunidade.
O Secretário-Geral
da ONU reconheceu que a organização cometeu sérios erros de julgamento em relação
à Srebrenica que pesam sobre a consciência e memória coletiva.
Ele afirmou
que o passado não pode ser desfeito, mas que o mundo, inclusive as Nações Unidas,
deve encará-lo e aprender para a construção de um futuro justo e próspero. Mais
de 7 mil homens e meninos muçulmanos foram mortos por tropas sérvio-bósnias no massacre. (CM-ONU)