Jales, 10 jul (RV) - Estes dias de julho, até meados de agosto, serão muito
intensos para a cidade de Jales, e toda a região abrangida pela diocese que leva o
seu nome. Tudo porque se aproxima o jubileu de 50 anos da instalação da diocese, ocorrida
em 15 de agosto de 1960.
Cinquenta anos atrás, foi o fato que estabeleceu o
elo de unidade mais forte entre todas as localidades situadas no território designado
para compor a nova diocese. A região era nova, e não contava ainda com uma referência
que a unificasse e lhe indicasse uma característica marcante. Se assim podemos dizer,
a região ainda não tinha sido batizada.
Era preciso escolher um nome, dado
que já tinha um padrinho forte: a Igreja, na pessoa do bispo de Rio Preto e do representante
do Papa, o Núncio Apostólico, tinham decidido apostar na pujança da região que demonstrava
um vigor extraordinário, pois nela iam surgindo vilas e cidades com a espontaneidade
de cogumelos em tempos de chuvaradas.
Os olhos da Igreja se voltaram para
a cidade de Jales, embora pudessem se fixar em Fernandópolis, com toda a razão. Pois
ambas, Fernandópolis e Jales, traziam a marca da laboriosidade do povo que ia fixando
por aqui seus sonhos de fartura e de futuro, ao mesmo tempo que expressava sua fé
cristã e apostava na organização da vida eclesial.
Não cabe aqui
uma análise exaustiva dos fatores que inclinaram a balança para Jales. A cidade se
encontra bem no centro da região. Colocando este argumento como decisivo para a opção
por Jales, a Igreja sinalizava claramente que a honra, e a incumbência, de ser diocese,
era dada em primeiro lugar à região toda, e não só à cidade que seria sede da nova
circunscrição eclesiástica. Este é ponto de partida para a análise da trajetória
da diocese que leva o nome de Jales. Ou talvez seria melhor dizer: o sobrenome de
Jales, pois o protagonista que assume a identidade da diocese é muito mais a região
toda do que a cidade que lhe serve de sede.
Seja como for, depois
de 50 anos temos agora muitos motivos para celebrar a caminhada positiva da diocese,
que firmou nome a nível nacional, como termos a oportunidade de constatar nestes dias
que antecedem a conclusão do Ano Jubilar.
Entre as celebrações que
vão envolver toda a diocese, mas especialmente sua cidade sede, está a promoção de
uma “Semana Missionária”, a começar no próximo sábado à noite, dia 17, na catedral,
e vai se prolongar até o dia 23 à noite, sexta-feira, com a missa festiva que juntará
a festa do motorista com o encerramento da Semana Missionária.
Já
neste domingo, dia 11, teremos no Escola Vocacional de Jales uma reunião dos “cursilhistas”,
movimento que deixou muitas marcas positivas de atuação consciente e organizada dos
leigos ao longo dos 50 anos da diocese.
E ainda, logo após a
semana missionária, no domingo dia 25 de julho, a Renovação Carismática Católica,
o mais recente dos movimentos eclesiais, também se reunirá em Jales, para a missa
do domingo de manhã na catedral, prosseguindo depois com a reflexão sobre o lugar
próprio que este movimento pode ter dentro da Diocese.
Como podemos
perceber, nestes dias a diocese está enveredando para a reta final do Ano Jubilar,
aberto na romaria do ano passado, e a ser concluído na romaria deste ano, a 26ª.de
sua história
Vale a pena sintonizar com este espírito festivo
do ano jubilar da diocese de Jales, ao mesmo tempo que nos damos conta de como é importante
corresponder à sorte que a história nos reservou, e à graça que Deus nos concedeu,
de constituirmos nesta região uma diocese que fez nome no contexto do Brasil e que
nos dá a satisfação de ver como todos os que passaram por esta região, levam junto
a alegria de estarem vindo de uma diocese que abre as portas para todos participarem,
e todos se sentirem protagonistas de sua história.