2010-07-10 11:38:39

EDITORIAL


Cidade do Vaticano, 11 jul (RV) - No dia 6 de julho, terça-feira desta semana, o Presidente da República em exercício, José de Alencar, sancionou uma lei que inscreve oficialmente José de Anchieta no Panteão dos Heróis Nacionais. O que pode significar tal honraria? Para o Pe. Anchieta, certamente nada. Mas para o povo brasileiro, especialmente para a juventude, isso diz muito.

A Presidência da República propõe a todos os brasileiros a figura de José de Anchieta como modelo a ser seguido em seu amor à Pátria, como alguém que foi insigne para o Brasil. Ele passa, oficialmente, a ser proposto pelo Poder Civil como imagem de homem que doou a vida pelos seus concidadãos, pela terra que o acolheu ainda tão jovem e aqui ofertou sua vida durante mais de quarenta anos.

Igreja e Nação se unem ao indicar para todos a excelência do Padre José de Anchieta, justamente denominado, desde seu funeral, como Apóstolo do Brasil.

Sua ação evangelizadora o transformou em ícone da fundação da Igreja no Brasil, progressivamente consolidada a partir de seu testemunho.

Nesse sentido, seu trabalho como Provincial Jesuíta do Brasil o levou a andar durante dez anos pelo território nacional, desde o sul de São Paulo ao sul de Pernambuco, além de ter enviado os primeiros missionários à região Sul, onde mais tarde foram edificadas as Reduções.

Articulou a unicidade de uma língua ao elaborar a gramática da Língua Tupi que, difundida na costa nacional, manteve unida a nação em sua pluralidade. Também colaborou para essa unidade sua presença conciliadora e diplomática em território nacional no episódio da Confederação dos Tamoios, em Iperoig, hoje Ubatuba, quando permaneceu refém por quase cinco meses.
Sua inscrição como Herói da Pátria o coloca novamente como modelo a ser seguido pelas novas gerações, com seu exemplo virtuoso de brasileiro de coração.

Em José de Anchieta, na vida e na morte, o santo e o cidadão se manifestam perfeitamente, não havendo dicotomia entre as duas esferas. Ele é cidadão porque em tudo amava e servia, porque agia como santo. E é santo porque viveu a cidadania até o grau heróico. (CAS) RealAudioMP3







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