Cidade do Vaticano, 11 jul (RV) - No dia 6 de julho, terça-feira desta semana,
o Presidente da República em exercício, José de Alencar, sancionou uma lei que inscreve
oficialmente José de Anchieta no Panteão dos Heróis Nacionais. O que pode significar
tal honraria? Para o Pe. Anchieta, certamente nada. Mas para o povo brasileiro, especialmente
para a juventude, isso diz muito.
A Presidência da República propõe a todos
os brasileiros a figura de José de Anchieta como modelo a ser seguido em seu amor
à Pátria, como alguém que foi insigne para o Brasil. Ele passa, oficialmente, a ser
proposto pelo Poder Civil como imagem de homem que doou a vida pelos seus concidadãos,
pela terra que o acolheu ainda tão jovem e aqui ofertou sua vida durante mais de quarenta
anos.
Igreja e Nação se unem ao indicar para todos a excelência do Padre José
de Anchieta, justamente denominado, desde seu funeral, como Apóstolo do Brasil.
Sua
ação evangelizadora o transformou em ícone da fundação da Igreja no Brasil, progressivamente
consolidada a partir de seu testemunho.
Nesse sentido, seu trabalho como
Provincial Jesuíta do Brasil o levou a andar durante dez anos pelo território nacional,
desde o sul de São Paulo ao sul de Pernambuco, além de ter enviado os primeiros missionários
à região Sul, onde mais tarde foram edificadas as Reduções.
Articulou a unicidade
de uma língua ao elaborar a gramática da Língua Tupi que, difundida na costa nacional,
manteve unida a nação em sua pluralidade. Também colaborou para essa unidade sua presença
conciliadora e diplomática em território nacional no episódio da Confederação dos
Tamoios, em Iperoig, hoje Ubatuba, quando permaneceu refém por quase cinco meses.
Sua inscrição como Herói da Pátria o coloca novamente como modelo a ser seguido
pelas novas gerações, com seu exemplo virtuoso de brasileiro de coração.
Em
José de Anchieta, na vida e na morte, o santo e o cidadão se manifestam perfeitamente,
não havendo dicotomia entre as duas esferas. Ele é cidadão porque em tudo amava e
servia, porque agia como santo. E é santo porque viveu a cidadania até o grau heróico.
(CAS)