Divulgados os balanços 2009 da Santa Sé, com indicação também das fontes de receita
Na conclusão da reunião do Conselho dos cardeais para o estudo dos problemas organizativos
e económicos , foram apresentados os balanços da Santa Sé e do Governatorado relativos
a 2009. Não obstante o défice que subsiste, a situação financeira está a melhorar:
em especial no caso da Santa Sé o resultado final teria sido positivo, se não se tivessem
absorvido as flutuações negativas de 2008. Assim, o défice foi ligeiramente superior
a 4 milhões de euros, dado que as receitas foram de cerca de 250 milhões, contra 254
milhões de despesas. As despesas – lê-se num comunicado da Sala de Imprensa do
Vaticano – correspondem na grande maioria à actividade normal e extraordinária dos
Dicastérios e Organismos da Santa Sé. Nestas entidades prestam o seu serviço 2.762
pessoais, das quais 766 eclesiásticos, 344 religiosos (261 homens e 83 mulheres),
e 1652 leigos (1201 homens e 451 mulheres). No que diz respeito ao Balanço do
Governatorado, que assegura a gestão da Cidade do Vaticano, com as diversas instituições
e estruturas, regista-se um défice de 7 milhões e 815 mil euros. Um esforço de contenção
dos custos gerais permitiu recuperar a perda no sector financeiro que se tinha verificado
em 2008. Na Cidade do Vaticano, dependendo do Governatorado, prestam serviço 1891
pessoas: 38 religiosos, 27 religiosas, 1543 leigos e 283 leigas.
Notável
o investimento económico e financeiro sustentado para a tutela, valorização e restauro
do património artístico da Santa Sé, nomeadamente do colonato da praça de São Pedro,
assim como variadas intervenções nas basílicas de São João de Latrão, São Paulo fora
de muros e Santa Maria Maior. Na Cidade do Vaticano, grandes os custos das obras de
reestruturação da Biblioteca Apostólica do Vaticano, cuja reabertura está prevista
para o próximo mês de Setembro.
No que diz respeito ao Óbulo de São Pedro
– as ofertas das Igrejas particulares ao Santo Padre – estas tiveram em 2009 um incremento
da ordem dos 82 milhões de dólares americanos. Os maiores contributos vieram dos Estados
Unidos, Itália e França. Significativas também, sobretudo tendo em conta a proporção
do número de católicos, da parte dos fiéis da Coreia do Sul e do Japão. A favor da
estrutura central da Igreja, os bispos, em sinal de unidade e caridade, segundo a
possibilidade das respectivas dioceses, contribuíram com 31 milhões e 516 mil dólares.
As somas mais consistentes provieram das dioceses dos Estados Unidos, logo seguidas
das dioceses alemãs. Note-se que no caso da Itália e de outros países onde vigoram
acordos bilaterais com o Estado, a oferta dos 8 por mil não dizem respeito à Santa
Sé, sendo destinadas pelas Igrejas particulares às suas actividades de culto e de
caridade. Finalmente, foi referido que, entre outras instituições, sobressai
o contributo assegurado pelo IOR (Instituto de Obras Religiosas), que forneceu ao
Santo Padre, para as suas actividades religiosas, a soma de 50 milhões de dólares. Na
conclusão da reunião, os membros do Conselho exprimiram a sua gratidão a todos os
que, com generosidade e muitas vezes de modo totalmente anónimo, sustentam o ministério
apostólico e caritativo do Santo Padre, ao serviço da Igreja universal.