2010-07-08 12:45:40

BISPOS LUSÓFONOS: A UTOPIA DE HOMENS NOVOS PARA UM MUNDO NOVO


São Tomé, 08 jul (RV) - Os representantes das Conferências Episcopais das Igrejas Lusófonas, reunidos em S. Tomé e Príncipe de 2 a 8 de julho, divulgaram ontem seu comunicado final.

Ao debaterem o tema da pobreza e exclusão social, os bispos destacaram os elementos que promovem e mantêm essa situação, como a apropriação indevida dos bens. "Esta realidade verifica-se, por exemplo, na gestão das terras, da água, das madeiras e de outros bens essenciais" – denunciam. Apropriação que favorece a oligarquia no poder, em detrimento dos mais pobres.

Também a corrupção mereceu uma reflexão social e ética por parte dos bispos, sobretudo pelas graves consequências que esta prática acarreta nas administrações públicas. Geradoras de pobreza e exclusão social foram também apontadas as debilidades cada vez maiores das instituições da sociedade civil, a comercialização da droga, o tráfico de pessoas e o desrespeito pela vida.

Diante deste cenário, os prelados formularam propostas concretas de atuação, como reforçar a adoção de iniciativas próprias das Igrejas e/ou aderir a iniciativas já tomadas por outros. A finalidade é investir num ensino que ajude a transformar mentalidades e capacitar pessoas e comunidades para que deixem de ser simples "destinatários" de políticas sociais e sejam "sujeitos" dos seus próprios destinos.

Tudo isso, sobretudo, através de uma nova geração de políticas sociais ancoradas na economia solidária e na valorização do cooperativismo como forma de autoemprego.

Os bispos aconselham ainda que as políticas orçamentárias dos governos lusófonos sejam monitoradas e que a intervenção social dos cristãos e das comunidades cristãs sejam cada vez mais alicerçadas na Doutrina Social da Igreja, "certos de que esta proposta cristã de intervenção social acabará por fazer acontecer a utopia/profecia de 'homens novos' construtores de um MUNDO NOVO". (BF)







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