2010-07-07 11:42:23

PAPA APRESENTA BEATO ESCOCÊS DUNS SCOTO


Cidade do Vaticano, 07 jul (RV) - Nesta quarta-feira, o Papa encontrou-se com os fiéis, peregrinos e turistas na Sala Paulo VI. Como sempre, o Pontífice fez a sua prédica em várias línguas e concedeu a benção a todos os presentes.

Prosseguindo seu ciclo de catequeses sobre a cultura cristã medieval, a personalidade descrita hoje foi o eminente teólogo franciscano Beato João Duns Scotus, que nasceu na Escócia e foi professor nas universidades de Oxford, Cambridge e Paris.

Bento XVI traçou um perfil deste bem-aventurado da Igreja com as seguintes palavras:

“Dotado de uma inteligência brilhante inclinada à especulação, que lhe valeu o título de ‘Doutor sutil’, o Beato João Duns Scoto pode ter a sua vida resumida nas palavras de uma antiga inscrição que se encontra em seu túmulo: “A Inglaterra o acolheu; a França o instruiu; Colônia, na Alemanha, conserva os seus restos; na Escócia ele nasceu”.
 
Atraído pelo carisma de São Francisco de Assis, ingressou na Ordem dos Frades Menores, caracterizando a sua vida e pensamento por um forte cristocentrismo, pela defesa da Imaculada Conceição de Maria e por um profundo amor ao Papa. Sobre o Filho de Deus, alegava que este teria se encarnado mesmo sem que a humanidade tivesse pecado, uma vez que a Encarnação estaria projetada desde a eternidade por Deus Pai no seu plano amoroso. De fato, esse amor imenso de Deus se revelaria na Paixão salvífica de Cristo e na Eucaristia, da qual Duns Scoto afirmava ser o sacramento da Unidade e da Comunhão que leva a nos amar uns aos outros e amar a Deus como Sumo Bem comum. Seguindo o sensus fidei do Povo de Deus desenvolveu o argumento da “Redenção Preventiva” segundo a qual a Imaculada Conceição representa a Obra prima da Redenção operada por Cristo, ao preservar Maria da mancha do pecado original.
 
Morreu ainda jovem, com fama de santidade, legando um número relevante de obras”.
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Embora tenha falecido aos 43 anos, João Duns Scoto deixou muitas e profundas reflexões.
Logo após a sua morte, o povo e os franciscanos começaram a venerá-lo como santo. O Papa João Paulo II o declarou bem-aventurado em 1993, definindo-o “cantor do Verbo encarnado e defensor da Imaculada Conceição de Maria”.

Em seguida, Bento XVI dirigiu cumprimentos a todos os grupos presentes, especialmente os membros da Congregação da Santa Cruz; os Filhos da Imaculada Conceição e as Pequenas Apóstolas da Redenção, em Capítulo Geral. O Papa saudou também os peregrinos que vieram a Roma visitar os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, “para que se reforcem na fé e no entusiasmo, testemunhem a esperança cristã e amem o próximo”.

Em português, o Papa disse:

“Uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, com votos de que sejais sobre esta terra testemunhas do Amor de Cristo, consolidando a fé que professais através da visita às tumbas dos Apóstolos Pedro e Paulo. Que Deus vos abençoe!”
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No final do encontro, o Papa concedeu a benção apostólica e deixou a Sala Paulo VI.
No final da tarde, Bento XVI deixa o Vaticano e vai para Castel Gandolfo, onde permanecerá algumas semanas em descanso, leituras e orações.

O Papa ficará na residência até o final do verão italiano, e todas as audiências serão suspensas.

O próximo encontro com os peregrinos será na quarta-feira, 4 de agosto. Nos domingos e solenidades durante o período de verão, a oração mariana do Angelus será feita em Castel Gandolfo.
(CM)







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