São José do Rio Preto, 07 jul (RV) - Quem faz o bem deve ser seguido pelos
seus admiradores. O bem cabe em todos os espaços e tempo. Ele está sempre dando qualidade
de vida para as pessoas. É o que aconteceu com o gesto do bom samaritano, que viu
alguém caído na estrada por onde passava. Sua atitude foi de compaixão e misericórdia. Fazer
o bem não depende de saber quem é o próximo, mas de se fazer próximo daquele que passa
necessidade. É o que acontece quando doamos alguma coisa para ajudar os flagelados
de uma catástrofe. Ajudamos a desconhecidos, mas irmãos e pessoas que devem ter dignidade
e vida feliz. O amor ao próximo é o resumo de todos os princípios da vivência cristã,
a alma e a vida dos mandamentos. Ele não exclui ninguém e ocasiona a superação de
todas as atitudes más e individualistas. Revela sensibilidade e acolhida aos abandonados
pela atual cultura excludente. Fazer o mesmo que foi feito pelo bom samaritano,
no contexto bíblico, significa abolir os preconceitos raciais, religiosos, culturais
e sociais. É a ação da gratuidade, evitando considerar próximo como objeto de caridade.
A prática do verdadeiro amor abre caminho para novas relações humanas e fraternas. Devemos
sempre rever as nossas escolhas e opções, começando do coração, seguindo bons exemplos
de amor ao próximo, entendendo as condições da humanidade sofrida e ferida em todo
tipo de barreiras e preconceitos. Sendo atitudes do coração, não importa muitos conhecimentos
de doutrina e prática de ritos religiosos. Existem muitas formas de praticar a
solidariedade. O importante é lutar pela integridade das pessoas, despertando esperança
de superação das dificuldades. As realidades injustas precisam ser transformadas para
dar suporte a uma vida feliz. Existem muitas pessoas caídas nas estradas da vida,
feridas, perdidas, com medo e sem segurança. A nossa luta deve ser de transformar
a realidade social, de realizar ações solidárias com atitude de compaixão. Isto significa
assumir o mesmo gesto do bom samaritano, prestando socorro a quem está abandonado,
caído e desvestido de sua dignidade. Dom Paulo Mendes Peixoto Bispo de São José
do Rio Preto.