30 ANOS DA 1ª VIAGEM APOSTÓLICA DE JOÃO PAULO II AO BRASIL
Cidade do Vaticano, 07 jul (RV) - Voltamos ao nosso espaço de Memória Histórica.
Recordaremos hoje mais um pouco a 1ª viagem apostólica do Papa João Paulo II ao Brasil,
em 1980, viagem que completou 30 anos de sua realização. Ao chegar ao Brasil, o pontífice
realizou o célebre gesto de se ajoelhar e beijar o chão, saudando a terra que acabava
de pisar.
No dia 7 de julho daquele ano, o Papa Wojtyla visitou a cidade de
Salvador, capital da Bahia, e depois prosseguiu para Recife. Em Salvador, ele presidiu
a celebração eucarística, encontrou-se com os leprosos e visitou a Favela de Alagados.
O pontífice viu com seus olhos a situação de pobreza em que viviam as pessoas,
a cruz da pobreza e das desigualdades sociais que muitas pessoas no Brasil e no mundo
carregam nos ombros a cada dia. E recordando que o sofrimento de cada pessoa se une
ao sofrimento de Cristo, o Papa acrescentou: "O Povo de Deus aqui sobre a terra vive
da Eucaristia, que nela vai haurir as suas forças para as canseiras cotidianas e para
as lutas em todos os campos de sua existência. Considero uma etapa particular nesta
caminhada a visita ao Santuário Mariano de Aparecida, porque acredito, assim como
vós também, que a Mãe de Cristo nos aproxima de modo particularmente eficaz e simples
do Sacramento do Corpo e do Sangue do seu Filho."
"A Cruz é símbolo da Fé.
Ela foi plantada na história deste país, no coração e na vida de seus habitantes.
Com o sinal da Cruz foram marcadas inteiras gerações dos filhos e filhas desta terra"
– disse João Paulo II.
"Os pais transmitem este sinal de fé aos filhos, os
avós aos netos. E como Sucessor de Pedro, Bispo de Roma e Pastor da Igreja, desejo
abençoar com este sinal a vós todos aqui reunidos e a todo o Brasil. O Brasil antigo
e novo. Vosso ontem, hoje e amanhã. E desejo dizer-vos que a Cruz é o sinal da esperança
para o homem de todos os tempos. Nela Deus revelou ao homem qual é a dignidade que
ele traz em si, depois que foi assinalado com a missão de Seu Filho" - concluiu o
pontífice. (MJ)