CIMI: RELATÓRIO CONFIRMA VIOLÊNCIA CONTRA INDÍGENAS
Brasília, 06 jul (RV) - São 60 casos de assassinatos, 19 casos de suicídio,
16 casos de tentativa de assassinato, e a lista não pára. No dia 9 de julho, o Conselho
Indigenista Missionário (CIMI) apresentará mais um relatório sobre as violências sofridas
pelos povos indígenas no país.
Muitas informações deste relatório de 2009
se igualam às do relatório de 2008, o que, segundo o CIMI, não diminui a gravidade
da questão, pois a repetição de números apenas confirma o cotidiano de violência vivido
por povos indígenas em todas as regiões.
Para o Vice-Presidente da entidade,
Roberto Antônio Liebgott, o Relatório mostra "a omissão como opção política do Governo
federal em relação aos povos indígenas". Tal atitude implica em diferentes formas
de violências, como a não demarcação de terras, falta de proteção das terras indígenas,
descaso nas áreas de saúde e educação e a convivência com a execução de lideranças,
ataques a acampamentos e outras agressões por agentes de segurança, ataques a indígenas
em situação de isolamento, tortura por policiais federais, suicídios, entre outras.
O
Relatório 2009 mais uma vez chama a atenção para a concentração de casos de violação
de direitos no Mato Grosso do Sul, especialmente os relacionados ao povo Guarani Kaiowá,
e para a situação conflituosa em que vivem os indígenas no Sul da Bahia.
O
lançamento da publicação será na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), às 15h, com a presença do Secretário-Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa,
e também da doutora em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), Lúcia Helena Rangel, que coordenou a pesquisa. Haverá ainda a participação
do Presidente do CIMI, Dom Erwin Krautler. (BF-CIMI)