A defesa da dignidade da mulher é um dos elementos do desenvolvimento do planeta
(2/7/2010) Não se pode conceber nenhuma ideia de desenvolvimento sem o reconhecimento
da igualdade e da dignidade das mulheres. Afirmou em Nova Iorque o arcebispo Celestino
Migliore na sua intervenção no conselho-economico social da ONU. O observador permanente
da Santa Sé falou do reforço do papel da mulher, em particular na vida publica, invocando
uma maior tutela no campo da saúde e da instrução. É um dos Objectivos do Milénio
para o qual as nações da terra assumiram um empenho solene: aumentar a dignidade da
mulher, promovendo-a onde é desconhecida, defendendo-a onde é negada ou ameaçada.
Dar poder ás mulheres e respeitar a sua dignidade – afirmou D. Migliore - significa
também respeitar a sua capacidade de servir e de se dedicar á sociedade e á família. O
Observador da Santa Sé na ONU em Nova Iorque reconheceu alguns progressos notáveis
realizados no campo da integração sistemática das mulheres nos processos de desenvolvimento
sócio-economico. Também os países em atraso em muitos aspectos do desenvolvimento
estão a dar maior realce ao papel das mulheres ma vida publica, sobretudo em campo
politico, reconheceu, defendendo a complementaridade entre homem e mulher, isto,
- disse – a igualdade na diversidade: na qual a igualdade e a diversidade se baseiam
em dados biológicos, tradicionalmente expressos pela sexualidade masculina e feminina
e no primado da pessoa. Contudo, acrescentou, a igualdade não é a identidade e a
diferença não é a desigualdade. Portanto reforçar o papel das mulheres para o desenvolvimento
significa, afirmou, antes de mais o reconhecimento dos dons e dos talentos de cada
mulher e por conseguinte, a faculdade para elas de aceder aos melhores cuidados de
saúde , á instrução e iguais oportunidades. Isto nem sempre se verifica e a Santa
Sé, recordou o observador permanente nas Nações Unidas, constata com preocupação que
a desigualdade entre indivíduos e entre os países prosperam e persistem varias formas
de descriminação, exploração e opressão das mulheres e das raparigas que deveriam
ser combatidas com oportunas medidas legislativas O arcebispo Celestino Migliore
concluiu a sua intervenção com um apelo dirigido á sociedade civil, ONG, associações
femininas e organizações confessionais: mais a dignidade das mulheres é tutelada e
promovida, mais a família, a comunidade e a sociedade serão verdadeiramente favorecidas