Brasília, 1º jul (RV) - Aumenta a atenção do episcopado brasileiro com o meio
ambiente: ontem, terminou em Brasília o seminário “Mudanças Climáticas e Justiça Social”,
que reuniu representantes dos estados de TO, GO, DF, MT, MS e BA.
O evento
foi promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB,
que prevê outros três seminários: um na Amazônia, que falará sobre o bioma amazônico;
outro no Recife (PE), que abordará a Mata Atlântica e o bioma costeiro e o último
em Lages (SC), sobre o bioma dos pampas.
Segundo a assessora da Comissão, Irmã
Delci Maria Franzen, o seminário de Brasília debateu a realidade do cerrado em relação
às mudanças climáticas, a conservação do meio ambiente e o avanço do capital no desmatamento.
“Os seminários sobre Mudanças Climáticas e Justiça Social são parte de um
projeto da CNBB, em parceria com a Misereor (organização internacional que atua no
combate a fome e doenças), que se dedicam ao estudo das questões climáticas em todo
o mundo”.
Para a diretora institucional da ONG “Paz, Natureza e Pantanal”,
Alícia Viviana Mendez, é importante analisar a condição e a conscientização dos ribeirinhos
e das populações tradicionais, pois são essas populações as primeiras a sentirem os
impactos das mudanças climáticas.
Já o professor da Pontifícia Universidade
Católica de Goiás, Altair Sales Barbosa, palestrou sobre o cerrado e as condições
dos aquíferos do Brasil: “O cerrado é um tipo de vegetação que promove o equilíbrio
do planeta terra, pois é a vegetação que mais sequestra carbono da atmosfera; é um
elemento fundamental para o equilíbrio da vida humana, dos animais e vegetais no planeta”
- ressaltou. (CM)