2010-06-27 14:20:34

UGANDA: IGREJA PREOCUPADA PELAS ELEIÇÕES


Kampala, 27 jun (RV) - “Vemos com grande preocupação que 2011 se aproxima e aumentam os sentimentos de medo e pessimismo nos corações de muitas pessoas” – afirmam os bispos de Uganda num documento publicado no final de sua Assembleia Plenária. O comunicado dos bispos foi enviado à Fides pela Agência CISA de Nairóbi.

“As causas do medo são muitas e queremos citar algumas das mais difundidas: a insegurança em relação ao trabalho e sobre a propriedade da terra, o aumento das desigualdades entre ricos e pobres, o aumento das tensões entre os grupos étnicos, a má qualidade da assistência médica e outros problemas sociais. É de fundamental importância que todos aqueles que se preparam para se candidatar nas próximas eleições estejam prontos para enfrentar com determinação as questões indicadas na presente declaração, considerando o bem comum do povo” – afirmam os bispos.

Em 2011, os ugandenses serão chamados a votar nas eleições presidenciais. A Conferência Episcopal observa que “os acontecimentos em andamento no país indicam que aumenta o medo e a ânsia pelo futuro político de nosso país, sobretudo, por aquilo que pode acontecer antes, durante e depois das próximas eleições. Desejamos um processo eleitoral correto, leal e gerido por organismos eleitorais críveis, que garantam transparência e imparcialidade”.

“A Igreja está engajada a levar à população a esperança que as eleições sejam guiadas pelos valores e princípios de democracia em nome do Deus Onipotente. Estamos também engajados em promover a democracia eleitora e a permanecer sempre a voz daqueles que não tem voz, sem comprometer a nossa imparcialidade” – afirmam os bispos, que fazem também um apelo aos profissionais dos meios de comunicação para que “tenham autocontrole e senso de responsabilidade no trabalho, fornecendo informações verdadeiras e objetivas, que respeitem a legítima pluralidade de opiniões.

“Ao mesmo tempo, fazemos um apelo ao Governo e ao Parlamento a fim de que o projeto de lei em discussão sobre a liberdade de informação, a fim de prevenir abusos, não sufoque não viole o princípio da liberdade de expressão, um direito que, numa sociedade realmente moderna e democrática, é de todos os cidadãos, pessoas e organizações”. (SP)







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