2010-06-27 14:20:21

PAQUISTÃO: CAMINHO DO DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO


Lahore, 27 jun (RV) - Enquanto é grande a tensão por causa dos atentados terroristas, e as minorias religiosas avançam na campanha contra as discriminações, a Igreja no Paquistão prossegue no caminho do diálogo inter-religioso, na esperança de estabelecer uma ligação com os líderes islâmicos.

Promover a paz e combater juntos o terrorismo no Paquistão: com esta finalidade encontraram-se nos últimos dias em Lahore mais de 200 sacerdotes e religiosos católicos, imãs e líderes islâmicos, que discutiram a atual situação do país, infestado pelo terrorismo e pela violência. Como informaram as fontes da Fides presentes no encontro, os religiosos concordaram em procurar caminhos de cooperação para debelar o extremismo e promover a harmonia na sociedade.

A conferência foi presidida pelo Bispo auxiliar de Lahore, Dom. Sebastian F. Shaw OFM e organizada pela Comissão Nacional para o Diálogo Inter-religioso no âmbito da Conferência Episcopal. Os ministros de culto das duas comunidades promoveram um debate aberto e se uniram na luta contra o terrorismo: “Ao lado dos cristãos, muitos muçulmanos foram vítimas do terrorismo. A paz é um bem comum e o respeito recíproco entre os fiéis é uma garantia de paz. Cada ser humano é respeitado”, ressaltou um religioso islâmico.

Syed Waseem Samad, à frente da Comissão governamental para o diálogo inter-religioso, participante do encontro, assegurou que o governo pretende garantir os mesmos direitos e oportunidades iguais a todos os cidadãos e fazer respeitar os direitos humanos, convidando o National Council for Inter-faith Dialogue (NCID) a prosseguir com os seus esforços pela paz e a unidade do Paquistão.

A assembleia, ao final de seus trabalhos, assumiu uma resolução, que afirma: “Condenamos as vinhetas ofensivas sobre o Profeta Maomé e pedimos à comunidade internacional o respeito por todos os símbolos religiosos; concordamos em promover juntos a paz no país; condenamos os discursos que incitam o ódio e admiramos quem age pelo bem comum; pedimos aos meios de comunicação que relatem com mais frequência histórias que mostram exemplos de paz e de tolerância no Paquistão”. (SP)







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