O egoísmo produz conflitos e rivalidades, quem segue Jesus entra numa nova dimensão
da liberdade: Bento XVI antes do Angelus
(27/6/2010) A liberdade e o amor coincidem. Pelo contrário obedecer ao próprio egoísmo
leva a rivalidades e conflitos. Recordou o Papa Bento XVI antes da recitação da oração
mariana do Angelus dirigindo-se aos milhares de pessoas congregadas ao meio dia na
Praça de São Pedro. O Santo Padre referia-se ao episodio evangélico do jovem rico
ao qual Jesus pede para o seguir cortando nitidamente com o próprio passado, inclusive
com os laços familiares e as riquezas. “Estas exigências podem parecer demasiado
duras, mas na realidade exprimem a novidade e a prioridade absoluta do Reino de Deus
que se faz presente na própria pessoa de Jesus Cristo.” Em última análise – observou
o Papa – trata-se daquela radicalidade que é devida ao Amor de Deus, ao qual o próprio
Jesus foi o primeiro a obedecer. Quem renuncia a tudo, até mesmo a si próprio, para
seguir Jesus entra numa nova dimensão da liberdade que São Paulo define caminhar segundo
o Espírito . Cristo libertou-nos para a liberdade – escreve o Apostolo Paulo
e explica que esta nova forma de liberdade que nos foi conquistada por Cristo consiste
em estar ao serviço uns dos outros. A chamada dirigida no Evangelho ao jovem rico
prefigura a vocação religiosa e sacerdotal que exige uma adesão total e de facto com
os jovens que encontra, Jesus, recordou neste Domingo Bento XVI, mostra-se muito exigente,
advertindo-os que o Filho do homem, isto é Ele, o Messias não tem onde reclinar a
cabeça, quer dizer não tem uma própria demora estável e que quem decide trabalhar
com Ele, no campo de Deus, não pode voltar para traz. Efectivamente – explicou o Papa-
quem tem a sorte de conhecer um rapaz ou uma rapariga que deixa a sua família de
origem, os estudos ou o trabalho para se consagrar a Deus, sabe bem de que coisa se
trata, porque tem diante de si um exemplo vivo de resposta radical á vocação divina.
Esta é uma das experiencias mais lindas que se fazem na Igreja: ver, tocar com mão
a acção do Senhor na vida das pessoas; experimentar que Deus não é uma entidade abstracta,
mas uma Realidade tão grande e forte que enche de maneira superabundante o coração
do homem, uma Pessoa viva e próxima que nos ama e pede para ser amada. Bento XVI
recordou depois que está para se concluir o mês de Junho caracterizado pela devoção
ao Sagrado Coração de Jesus, no qual se encerrou o ano sacerdotal na Praça de S. Pedro
na presença de 40 mil fiéis, e onde ele próprio renovou com os padres do mundo inteiro
o empenho de santificação. O Papa concluiu convidando todos a contemplar o Mistério
do coração divino -humano do Senhor Jesus para beber na própria fonte do Amor de Deus. Neste
Domingo, ocorre na Itália e noutros países a jornada da cariadde do Papa, isto é,
nas paroquias são recolhidas as ofertas destinadas ao chamado Óbolo de S. Pedro do
qual a Santa Sé se serve para financiar actividades assistenciais nos países mais
pobres. A este propósito, no final do Angelus o Papa disse: “Exprimo a minha viva
gratidão a todos aqueles que com a oração e as ofertas sustentam a acção apostólica
e caritativa do Sucessor de Pedro a favor da Igreja universal e tantos irmãos, de
perto e de longe”. O Santo Padre recordou também que na manhã deste domingo no
Líbano foi proclamado Beato Estephan Nehme da ordem libanesa maronita, que viveu no
Líbano entre finais de Oitocentos e a primeira metade de Novecentos. O Papa manifestou
a sua alegria aos irmãos e irmãs libaneses confiando-os com grande afecto á protecção
do novo Beato.