2010-06-25 18:55:52

Espanto e “indignação" da Secretaria de Estado pelas modalidades de perquisição do arcebispado de Bruxelas da parte das autoridades belgas.


(25/6/2010) Em tema de investigação sobre abusos da parte do clero, nesta sexta feira a Secretaria de Estado manifestou espanto e indignação pelas modalidades com as quais as forças da ordem belgas conduziram investigações na sede do arcebispado de Malinas Bruxelas onde os prelados do país se encontravam reunidos para a sua assembleia mensal . Em particular a Secretaria de Estado fez sua a tomada de posição do episcopado belga que tinha sido expressa numa declaração do porta voz da conferencia episcopal . A firme condenação de qualquer acto pecaminoso e criminal de abuso de menores da parte de membros da Igreja permanece bem clara, e também a necessidade de reparar e enfrentar tais actos de maneira conforme ás exigências da justiça e dos ensinamentos do Evangelho. Mas é precisamente por isso – é a premissa da Secretaria de Estado em relação aos factos ocorridos ontem no arcebispado de Bruxelas – que se exprime também viva estupefacção pelas modalidades nas quais se verificaram algumas investigações conduzidas pelas autoridades judiciais belgas e a indignação pelo facto de terem sido violados os túmulos dos cardeais Jozef-Ernest Van Roey e León-Joseph Suenens, defuntos arcebispos de Malinas Bruxelas. A tudo isto se junta- prossegue o comunicado – a pena por algumas infracções da confidencialidade a quem têm direito precisamente aquelas vitimas para as quais foram conduzidas as investigações. Tais sentimentos – conclui a nota – foram expressos pessoalmente pelo arcebispo Dominique Mamberti, Secretario para as Relações com os Estados, ao Embaixador da Bélgica junto da Santa Sé Charles Ghislain”.
A sala de imprensa da Santa Sé publicou ainda uma tradução em italiano da declaração feita ontem pelo porta-voz da Conferência Episcopal belga, Eric de Beukelaer, condenando a acção de agentes da Polícia belga e funcionários da Justiça que entraram na sede da arquidiocese de Malinas-Bruxelas e na casa pessoal de um Cardeal, em busca de documentos que comprovem uma denúncia de abuso sexual a menores por parte de membros da Igreja Católica.
Os Bispos católicos da Bélgica encontravam-se na sede da Arquidiocese, para a reunião mensal da Conferência Episcopal, tendo ficado impedidos de sair do edifício durante nove horas.
Segundo o comunicado do episcopado belga, “todos os documentos e telemóveis foram confiscados”.
Todos os presentes foram interrogados, tendo sido levados pela polícia os documentos da comissão para o tratamento dos abusos sexuais que foi instituída pela Igreja Católica. 








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