2010-06-22 17:04:41

PAÍSES AFRICANOS ALCANÇAM MAIS PROGRESSOS NOS OBJETIVOS DO MILÊNIO


Nova York, 22 jun (RV) - Os países mais pobres da África lideram a lista de nações que obtiveram mais progressos nos esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), segundo um relatório da Onu divulgado nesta terça-feira.

O estudo, elaborado em conjunto com o Overseas Development Institute (ODI), indica que 11 dos 20 países que mais avançaram, em termos absolutos, na luta contra a pobreza, são africanos, enquanto três são latino-americanos e o restante, asiáticos.

O documento também diz que metade dos países africanos está a caminho de conseguir reduzir a pobreza extrema pela metade em 2015, em relação aos níveis de 1990.

Além disso, a maioria dos países de baixa e média rendas conseguiu progredir rumo às principais metas contempladas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, como a universalização da educação primária e a redução da mortalidade infantil.

Os responsáveis pelo estudo consideram que suas conclusões contradizem as percepções "pessimistas" de que os esforços para combater a pobreza fracassaram.

"Em vez de lamentar que a África não consiga cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, deveríamos comemorar as mudanças genuínas que ocorreram na vida de milhões de pobres" – disse num comunicado, o diretor da Campanha do Milênio da Onu, Salil Shetty.

Shetty ressaltou que esse relatório demonstra que a determinação das autoridades dos países pobres, junto à colaboração de seus cidadãos e a ajuda para o desenvolvimento, tem benefícios "tangíveis".

O diretor da Campanha do Milênio pediu aos líderes mundiais – que se reunirão nos próximos dias 25 e 26 no Canadá, nas cúpulas do G-8 e o G-20 – para que mantenham seus compromissos em relação à ajuda oficial ao desenvolvimento, já que os resultados estão sendo alcançados.

Segundo o relatório, os países africanos Benin, Mali, Etiópia, Gâmbia e Malauí lideram a lista de países que conseguiram maiores avanços em "termos absolutos" na erradicação da pobreza, na qual também se encontram Honduras, Nicarágua e Guatemala, assim como Índia, Vietnã e Bangladesh.

Os autores do estudo consideram que medir o progresso em termos absolutos, de acordo com a realidade de cada país, em vez de em relação às metas globais estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, oferece um "panorama mais completo".

Nesse sentido, asseguram que as maiores reduções nas taxas de mortalidade infantil ocorreram exatamente nas áreas onde se registram os níveis mais altos, como a África subsaariana e o sul da Ásia.

Os responsáveis pela elaboração do relatório também destacaram que, apesar do atraso na meta de reduzir a mortalidade materna, pelo menos 80 países registraram melhoras consideráveis nesse ponto. (AF)








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