Nova York, 19 jun (RV) - As Nações Unidas marcam o Dia Mundial do Refugiado
com um apelo para que governos e indivíduos não esqueçam os 15 milhões de homens,
mulheres e crianças vítimas de conflitos e perseguições, e que não podem retornar
a seus locais de origem.
A data, celebrada domingo, 20 de junho, ressalta a
necessidade de se garantir que os refugiados tenham um local para chamar de casa quando
retornam para os próprios países ou quando encontram abrigo em outras nações.
Em
relatório recente, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR, mostra
o pior declínio no número de retornos dos últimos 20 anos. Foram apenas 250 mil no
ano passado.
Em entrevista à Rádio ONU, de Santos, o porta-voz do Acnur no
Brasil, Luiz Fernando Godinho, falou sobre a importância do Dia Mundial do Refugiado:
"Esse número dá uma dimensão sobre o problema e o tamanho dessa questão que envolve
seres humanos, ações provocadas pela própria humanidade e que geram esses fluxos forçados,
essas migrações forçadas", afirmou.
Godinho disse que é preciso chamar a atenção
para a questão também no Brasil. O país possui, de acordo com dados do governo, quase
4,3 mil refugiados.
A maioria dessas pessoas tem origem no continente africano,
cerca de 65%, mas a população de refugiados no Brasil é bastante diversificada, com
76 nacionalidades diferentes.
Ouça o especial preparado por Bianca Fraccalvieri
com Ir. Rosita Milesi, assessora da CNBB do setor de Mobilidade Humana e diretora
do Instituto Migrações e Direitos Humanos, em nosso espaço dedicado á Atualidade,
abaixo, nesta página. (CM-ONU)