Angola fonte e destino do tráfico de seres humanos
(19/6/2010) Angola está a servir como destino e fonte do tráfico de seres humanos,
segundo o relatório 2010 do Departamento de Estado norte-americano.
O país
lusófono figura no nível 2, dos estados incumpridores de padrões mínimos, mas empenhados
no combate ao fenómeno.
O documento cita o caso de imigrantes congoleses sujeitos
a trabalhos forçados e a prostituição nas zonas diamantíferas e de crianças utilizadas
para traficar bens na fronteira com a Namíbia.
Refere que, apesar dos esforços
das autoridades, sobretudo, antes do recente Campeonato africano de Futebol, nenhum
traficante foi condenado e o apoio às vítimas é escasso.
O tráfico de mulheres
e crianças para o exterior tem como destino os países vizinhos e europeus, primordialmente
Portugal.
Entre os países lusófonos, Moçambique e Guiné-Bissau surgem como
os casos mais complicados e colocados sob vigilância.
Moçambique aparece,
sobretudo, como fonte de tráfico e os trabalhos forçados de crianças são “comuns”
em zonas rurais, muitas vezes com a cumplicidade dos familiares.
A África
do sul é o destino para muitas mulheres e raparigas aliciadas com promessas de empregos
e instrução que acabam na prostituição ou como empregadas domésticas.
A Guiné-Bissau
é fonte para o trafico de crianças, nomeadamente as “talibé”, sujeitas a trabalhos
forçados, mendicidade e até a prostituição, principalmente no Senegal, Mali e Guiné-Conacry.