2010-06-16 12:30:33

Em tempos de crise económica e financeira, instituições nacionais nem as internacionais insuficientes para orientar a economia


(16/6/2010) Em tempos de crise económica e financeira, nem as instituições nacionais nem as internacionais, como o G8 ou o G20, são suficientes para orientar a economia em prol do bem comum.

Palavras do Secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, D. Mário Toso, por ocasião de um congresso sobre o empresariado social realizado esta semana em Roma.

De acordo com D. Toso, em vista de uma governance global económica , é necessário apostar em autoridades políticas democráticas regionais: europeias, africanas, norte-americanas, sul-americanas e asiáticas. Para este Bispo, essas instituições poderiam unir vários Estados, para que adoptem políticas económicas mais proporcionais aos seus problemas.

O que é preciso hoje é recuperar uma racionalidade económica de tipo personalista, comunitária e transcendente, defendeu, para se ter uma ''economia ao serviço do bem comum e uma democracia económica , que é a primeira forma de justiça''.

O Secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz evidenciou que a crise é a ocasião para tomar consciência da assimetria entre o mundo económico globalizado e a política. Uma assimetria que está também na raiz da ausência de regras e controles no âmbito financeiro. Para restabelecer uma economia que seja ética, afirmou Dd Toso, é necessário recuperar o primado da política.

Já o Presidente do referido Conselho Pontifício, Card. Peter Kodwo Appiak Turkson, que não pôde estar presente, garantiu o contributo da Igreja juntamente com os Estados e as instituições civis para a definição de uma nova governance mundial, fundada sobre a responsabilidade e sobre a participação de todos.

Para o Card. Turkson, a pessoa deve estar no centro dos processos e dos objectivos financeiros: "Se estiver separada da ética, a economia precipita no colapso e na falência".








All the contents on this site are copyrighted ©.