2010-06-15 13:12:46

G8 E G20 INSUFICIENTES PARA ORIENTAR ECONOMIA


Roma, 15 jun (RV) – Em tempos de crise econômica e financeira, nem as instituições nacionais nem as internacionais, como o G8 ou o G20, são suficientes para orientar a economia em prol do bem comum.

Palavras do Secretário do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Dom Mario Toso, por ocasião de um congresso sobre o empresariado social realizado ontem em Roma.

De acordo com Dom Toso, em vista de uma governança global econômica, é necessário apostar em autoridades políticas democráticas regionais: europeias, africanas, norte-americanas, sul-americanas e asiáticas. Para o Bispo, essas instituições poderiam unir vários Estados, para que exponham políticas econômicas mais proporcionais aos seus problemas.

O que é preciso hoje é recuperar uma racionalidade econômica de tipo personalista, comunitária e transcendente, defendeu, para se ter uma ''economia a serviço do bem comum e uma democracia econômica, que é a primeira forma de justiça''.

O Secretário do Pontifício Conselho evidenciou que a crise é a ocasião para se conscientizar da assimetria entre o mundo econômico globalizado e a política. Uma assimetria que está também na raiz da ausência de regras e controles no âmbito financeiro. Para restabelecer uma economia que seja ética, afirmou Dom Toso, é necessário recuperar o primado da política.

Já o Presidente do Pontifício Conselho, Card. Peter Kodwo Appiak Turkson, que não pôde estar presente, garantiu a contribuição da Igreja com os Estados e as instituições civis para a definição de uma nova governança mundial, fundada sobre a responsabilidade e sobre a participação de todos.

Para o Card. Turkson, a pessoa deve estar no centro dos processos e dos objetivos financeiros: "Se desassociada da ética, a economia precipita no colapso e na falência". (BF)







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