Emoção no adeus a Bispo assassinado na Turquia: Papa enviou mensagem para o funeral,
em Milão, de D. Luigi Padovese
(14/6/2010) Bento XVI manifestou hoje a sua “profunda dor” perante o assassinato
de D. Luigi Padovese, na Turquia, lembrando o falecido Bispo como uma “alma nobre”.
A
Catedral de Milão acolheu esta Segunda-feira uma nova cerimónia fúnebre do administrador
apostólico de Anatólia (Turquia), morto no passado dia 3 de Junho pelo seu motorista.
Em
mensagem enviada ao Cardeal Dionigi Tettamanzi, que presidiu à celebração, o Papa
manifesta as suas “sentidas condolências” pela morte de um “amado pastor” e agradeceu
o “testemunho generoso” daquele que era o presidente da conferência episcopal da Turquia.
D.
Luigi Padovese, de 63 anos, pertencia à Ordem dos Frades Capuchinhos, tendo sido ordenado
padre em 1973 e Bispo em 2004.
O prelado foi assassinado por Murat Altun, de
26 anos, que segundo testemunhas locais terá gritado “Matei o grande Satã! Allah Akbar"
após apunhalar e degolar o Bispo italiano.
Na cerimónia desta manhã marcaram
presença 5 mil pessoas, incluindo perto de meia centena de Bispos e um representante
do próprio Papa, o Arcebispo libanês Edmond Farhat, antigo Núncio apostólico na Turquia
que ordenou D. Luigi Padovese como Bispo.
Na sua homilia, o Cardeal Dionigi
Tettamanzi lembrou o falecido Bispo como um “verdadeiro construtor de reconciliação
e de paz, a partir do respeito recíproco e do acolhimento fraterno”.
Já D.
Ruggero Franceschini, que o Papa designou como novo administrador apostólico de Anatólia,
disse no final da cerimónia que “mataram o bom pastor” e pediu ajuda para a Igreja
Católica na Turquia.
“A pequena Igreja que ficou em Anatólia, mesmo sendo de
tradição apostólica, é demasiado jovem para superar sozinha uma tragédia como esta,
demasiado frágil para enfrentar o mal com que foi atingida”, alertou.
À saída,
os presentes aplaudiram durante a passagem do caixão, que seguiu para o túmulo da
família de D. Luigi Padovese.