(12/6/2010) O Quirguistão considerou hoje que a violência está fora de controlo e
pediu à Rússia que lhe envie tropas, depois de já ter sofrido pelo menos 50 mortos.
É
o maior surto de violência desde que o Presidente Kurmanbek Bakiev foi deposto em
Abril. o Governo interino, que dá guarida a bases tanto dos Estados Unidos como da
Rússia, declarou-se incapaz de deter os grupos armados que deixaram em chamas a sua
segunda cidade, Osh, no Sul do país, onde é grande a variedade étnica.
Foram
incendiadas durante a noite casas e estabelecimentos de cidadãos de etnia uzbeque,
tendo-se multiplicado os tiroteios.
O Quirguistão, um pobre e montanhoso país
da Ásia Central que já foi uma república soviética, com 5,3 milhões de habitantes,
proclamou o estado de emergência em Osh e em diferentes áreas rurais do Sul, depois
de grupos étnicos rivais se terem combatido uns aos outros com armas de fogo, barras
de ferro e cocktails Molotov.
A agitação está a causar grande preocupação
na Rússia, nos Estados Unidos e na vizinha China, uma vez que se trata de uma estratégica
região situada em pleno coração da Ásia.
Washington tem uma base aérea em Manas,
no Norte do país, onde a coesão étnica é maior, a cerca de 300 quilómetros de Osh,
servindo essa base para fornecer as tropas destacadas na frente de Guerra do Afeganistão.