2010-06-11 13:01:54

VIGÍLIA COM O PAPA: QUE O ANO SACERDOTAL NUNCA TERMINE


Cidade do Vaticano, 11 jun (RV) - Cerca de 14 mil sacerdotes participaram ontem da vigília de oração com Bento XVI, na Praça S. Pedro, como parte do encerramento do Ano Sacerdotal.

O evento, que durou três horas, foi iniciada pelo secretário da Congregação para o Clero, Dom Mauro Piacenza, que reiterou que os sacerdotes devem ser "fiéis ao radical chamado da santidade".

Depois, foi a vez do Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, tomar a palavra e agradecer mais uma vez ao Pontífice pela convocação do Ano Sacerdotal - um ano com o objetivo de "promover o compromisso de interior renovação de todos os sacerdotes por um forte e incisivo testemunho evangélico no mundo de hoje".

"Cada sacerdote sabe bem que nunca está concluído o caminho de conversão" – afirmou o Cardeal, acrescentando que este caminho se inicia no seminário e que prossegue durante toda a existência terrena e "queremos que o Ano Sacerdotal não termine nunca".

Dom Cláudio manifestou ainda sua gratidão ao Papa, "por tudo o que fez, o que está fazendo e o que fará por todos os sacerdotes, também por aqueles perdidos".

"Sabemos que Sua Santidade já perdoou e sempre perdoa a dor que alguns lhe provocaram. Esteja certo de que o corpo sacerdotal como tal deseja ingressar, com o Senhor, no diálogo de amor entre Jesus e Pedro", completou.

A seguir, Bento XVI respondeu a perguntas feitas por cinco sacerdotes, cada um representando um continente.

O Papa reiterou que o sacerdócio não é uma profissão como as outras e que, portanto, demanda "disponibilidade para servir a Deus".

"Sei que há muitos párocos no mundo que dão todas as suas energias para servir o Senhor e suas comunidades. A todos, quero fazer um grande agradecimento neste momento" – disse.

Por outro lado, Bento XVI reconheceu que "não é possível fazer tudo o que se deseja ou o que se deveria fazer, porque as nossas forças são limitadas e a sociedade é sempre mais diversificada e complicada". O importante não é fazer por fazer, mas sim fixar as prioridades, completou.

Ao falar sobre a teologia, o Pontífice advertiu que há um tipo que é "aparentemente científica", inspirada na "arrogância da razão", que "escurece a presença de Deus no mundo".

Nesse sentido, convidou os sacerdotes a estarem abertos ao novo e que saibam distinguir criticamente entre a "moda" e a verdadeira novidade.

Sobre o celibato, afirmou que se trata de um modo de transcender a vida terrena: "Para um mundo em que Deus não entra, o celibato é um grande escândalo".

"Pode surpreender esta crítica em uma época em que está na moda não se casar, mas o celibato dos sacerdotes é algo completamente diferente, não um viver por si só e não aceitar algum vínculo definitivo, mas o contrário" – explicou.

"É um sim definitivo, tornando-se parte de Deus" – concluiu. (BF)







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