Cidade do Vaticano, 10 jun (RV) - Na conclusão do Congresso “Effatà! A pessoa
surda, arauto e testemunha do anúncio evangélico”, o Pontifício Conselho da Pastoral
para os Agentes de Saúde, organizador do encontro, difundiu um comunicado. Nos
trabalhos, os participantes definiram os meios de atuação de suas prioridades para
a integração dos deficientes auditivos na vida eclesial e na sociedade em geral. Aderiram
ao Congresso expoentes da Cúria romana, da Conferência Episcopal Italiana, religiosos,
especialistas e voluntários. Representantes da Igreja nos Estados Unidos, Espanha,
Irlanda e Alemanha também trouxeram a sua contribuição. Nestes três dias de encontros,
(de 4 a 6 de junho), ficou decidido que se deve oferecer instrumentos às Igrejas locais
para que começem a trabalhar “para” e “com” as pessoas surdas, inclusive com a ajuda
de subsídios multimídias, como DVD dublados na língua dos sinais.
Prioridade
também deve ser dada à “formação dos formadores” (seminaristas, pessoal religioso
e agentes de pastoral), que na medida do possível, devem aprender as bases da linguagem
dos surdos, aproximando-se deles e de suas vivências históricas e pessoais, como as
dificuldades que encontram na sociedade, na escola e na Igreja.
O Pontifício
Conselho, de sua parte, manterá ativo o Grupo de Estudo deste tema e organizará um
portal na Internet, útil para difundir iniciativas, a comunicação e o intercâmbio
de agentes desta específica pastoral.
Será instituído um atestado especial
para os tradutores e os “facilitadores” da linguagem dos sinais no âmbito eclesial.
Este segundo perfil terá competências religiosas suficientes para seguir o andamento
de uma função religiosa, nas liturgias eucarísticas.
Todos os participantes
do Congresso se comprometeram a concretizar estas prioridades, atendendo à solicitação
de Bento XVI, recordada na abertura dos trabalhos pelo Presidente do Conselho, o Arcebispo
polonês Zygmunt Zimowski. (CM)