2010-06-09 13:16:06

ANCHIETA, NA VANGUARDA DA INCULTURAÇÃO


Cidade do Vaticano, 09 jun (RV) - No dia em que o Brasil recorda por decreto presidencial o seu primeiro ‘Apóstolo’ e em que a liturgia homenageia o Beato Anchieta, o Programa Brasileiro quer revelar um aspecto futurista e pioneiro deste jesuíta e missionário: semeando e descobrindo o Evangelho na sabedoria dos índios, José de Anchieta sabia que a ação evangelizadora da Igreja não devia ser implantada, mas brotada da terra fértil daquela cultura e de suas tradições. E agiu de conseqüência.

Incentivador da cultura brasileira, estudioso da língua e dos costumes dos nativos, o enfermeiro, historiador, poeta e professor percorreu a pé ou em canoas o litoral daquele selvagem território compondo um vocabulário, escrevendo a primeira gramática em Tupi, mas sobretudo, anunciando o Evangelho, para fazer dele um princípio que anima, guia e renova as culturas a partir de seu interior.

José de Anchieta viveu 44 anos em nosso país e morreu em 9 de junho de 1597, aos 63 anos, em Reritiba, hoje cidade de Anchieta, Estado do Espírito Santo. O “Apóstolo do Brasil” foi beatificado por Papa João Paulo II em 1980.

Hoje, a obra missionária junto a novas culturas não é mais marcada pela superioridade cultural e espiritual, mas pela proximidade, gratuidade e solidariedade para com as lutas e os projetos de vida de todas as comunidades. E Anchieta já o fazia. Por isso, o Cardeal-Arcebispo de São Paulo, Dom Pedro Odilo Scherer, afirma que ele representou, para a época, a vanguarda da inculturação. Ouça: RealAudioMP3
(CM)







All the contents on this site are copyrighted ©.