(6/6/2010) Antes de concluir a celebração eucaristica, numa alocução pronunciada
antes da entrega do “Instrumentum Laboris”, Bento XVI começou por evocar “a inesperada
e trágica morte” de D. Luigi Padovese, que, como Presidente dos Bispos Católicos da
Turquia, deu a sua colaboração à preparação deste documento.
“Confio
a sua alma à misericórdia de Deus todo-poderoso, recordando o contributo que, especialmente
como bispo, desenvolveu a bem da compreensão cultural e inter-religiosa, e para o
diálogo entre as Igrejas. A sua morte recorda a vocação - de todos os cristãos – de
serem, em todas as circunstâncias, testemunhas corajosas de tudo o que é bom, nobre
e justo”.
Referindo-se então à Assembleia Especial para o Médio Oriente,
do Sínodo dos Bispos, Bento XVI observou que se tentará assim “aprofundar os elos
de comunhão entre os membros das Igrejas locais, assim como a comunhão dessas mesmas
Igrejas entre si e com a Igreja universal”. Em todo o caso, esta assembleia sinodal
há-de suscitar a atenção de toda a Igreja universal:
“A Assembleia
Especial é uma oportunidade para os Cristãos do resto do mundo oferecerem um apoio
espiritual e uma solidariedade aos seus irmãos e irmãs do Médio Oriente. É uma ocasião
para pôr em destaque o importante valor da presença e do testemunho cristão nos países
da Bíblia, não só para a comunidade cristã à escala mundial, mas igualmente para os
vossos vizinhos e concidadãos”.
A concluir, Bento XVI exprimiu ainda
a esperança e os votos de que com o empenho de toda a comunidade internacional se
possam encontrar vias de solução estável para os conflitos que dilaceram o Médio Oriente,
em especial a Terra Santa:
“Rezo para que o trabalho da Assembleia
Especial ajude a centrar a atenção da comunidade internacional na difícil situação
daqueles cristãos do Médio Oriente que sofrem por causa da sua fé, de tal modo que
se encontrem soluções duradouras para os conflitos que causam um tão grande sofrimento.
Nesta grave questão, renovo o meu apelo pessoal para um esforço internacional concertado
para resolver as persistentes tensões no Médio Oriente, especialmente na Terra Santa,
evitando que esses conflitos provoquem mais derramamento de sangue”.