2010-06-05 11:29:02

Rigor moral para a politica e para a paz: Bento XVI no encontro com autoridades civis e Corpo Diplomático no Chipre


(5&6/2010) As actividades públicas do Papa foram retomadas este sábado com a visita ao presidente da República, no Palácio Presidencial de Nicósia, onde decorreu também o encontro com as autoridades civis e com o Corpo Diplomático

No discurso proferido nesta ocasião, Bento XVI começou por evocar a figura do arcebispo Makarios, primeiro presidente de Chipre independente, exemplo de um serviço público empenhado e dedicado ao bem dos outros. “Trata-se (disse) de uma nobre vocação, estimada pela Igreja”.





“Como trabalhadores públicos, conheceis a importância da verdade, da integridade, do respeito nas vossas relações com os outros. As relações pessoais são muitas vezes o primeiro passo para a construção da verdade e – no momento justo – sólidos elos de amizade entre indivíduos, povos e nações. Isto é uma parte essencial da vossa função, seja como políticos seja como diplomatas.”



“Em países com situações políticas delicadas, relações pessoais assim abertas e honestas (insistiu o Papa), podem ser o início de um bem muito maior para inteiras sociedades e povos”.



“A rectidão moral e o respeito imparcial pelos outros e pelo seu bem-estar são essenciais para o bem de qualquer sociedade, na medida em que estabelecem um clima de confiança em que os todas as interacções humanas, como também religiosas, ou económicas, sociais e culturais, ou civis e políticas, adquirem força e substância”.



Mas “como respeitar e promover, concretamente, a verdade moral, no mundo da política e da diplomacia?” – interrogou-se o Papa, que sugeriu três aspectos. Antes de mais, observou, “promover a verdade moral significa agir de modo responsável tendo como base o conhecimento dos factos”.

Um segundo modo de promover a verdade moral, para Bento XVI, consiste em “desconstruir as ideologias políticas que pretendem suplantar a verdade”. As “trágicas experiências do séc. XX” – recordou o Papa – puseram a nu “a desumanidade a que conduz a supressão da verdade e da dignidade humana”. E também nos nossos dias, acrescentou ainda, “somos testemunhas de tentativas de promover pseudo-valores a pretexto da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos.”

Finalmente, como terceiro aspecto, Bento XVI observou que “promover a verdade moral na vida pública exige um esforço constante para basear a lei positiva nos princípios éticos da lei natural”.



“Respeitando os direitos das pessoas e dos povos, protegemos e promovemos a dignidade humana. Quando as políticas que apoiamos são aplicadas em harmonia com a lei natural correspondente à nossa humanidade comum, então as nossas acções tornam-se mais sãs e contribuem para um ambiente de compreensão, de justiça e de paz”.








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