Cidade do Vaticano, 05 jun (RV) - Bento XVI se encontra em terras cipriotas
desde a manhã de sexta-feira última, uma visita a um pequeno país, sem grandes multidões
a acolhê-lo, mas mesmo assim um grande evento. A viagem de Bento XVI a Chipre
é rica de sinais e de significados: pela primeira vez o país é visitado por um Pontífice
e esse fato dá um significado especial, quer pela dimensão missionária, nos passos
de São Paulo, quer pelo aspecto pastoral, ligado ao encontro com a Igreja em Chipre.
Temos ainda o ainda o quadro ecumênico, pois a maioria da população é ortodoxa.
Mas
o que determina a importância da viagem de Bento XVI a Chipre além de confirmar os
fiéis na fé é a publicação do Instrumentum laboris do próximo Sínodo dos Bispos
para o Oriente Médio, por isso a visita tem uma dimensão ainda mais ampla e diz respeito
a todo o Oriente Médio.
Dois fatos marcaram os dias que precederam a chegada
do Papa: O ataque israelense contra a frota pró-palestina, que causou várias mortes
– o Papa disse que “diante de casos de violência, é necessário não perder a paciência,
o valor, a capacidade de voltar ao início”, e o assassinato do Vigário Apostólico
de Anatólia e Presidente da Conferência Episcopal da Turquia, Dom Luigi Padovese.
Dor, tristeza e esperança se misturam neste momento enquanto se multiplicam esforços
e orações em favor da reconciliação e da paz na região. Passado pouco mais de um
ano, é como se o Papa voltasse à Terra Santa. Visitando a pequena minoria católica
que vive em Chipre, Bento XVI abraça os fiéis de todo o Oriente Médio e reforça o
seu olhar ecumênico tão importante no seu Pontificado.
Com a visita de Bento
XVI tem início ainda uma nova etapa no diálogo entre ortodoxos e católicos, dando
ainda mais ênfase e importância a esse diálogo, hoje mais do que nunca vital para
a difusão do Evangelho em sociedades e terras cada vez mais secularizadas. (SP)