2010-06-04 14:01:39

A abertura de um “inquérito imparcial e transparente” sobre o ataque israelita contra a frota humanitária que navegava para Gaza foi pedida, nas Nações Unidas, em Genebra, pelo arcebispo Silvano Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé nesta sede da ONU


(4/6/2010) Como explicou à Rádio Vaticano, a sua intervenção visava exprimir o ponto de vista do Santo Padre, segundo o qual a violência não leva a nenhum resultado construtivo. Sem dúvida, há que condenar a violência deste ataque, porque ocorreu em águas internacionais e porque dá a impressão de que as regras humanitárias e o direito internacional nada contam. Ora, para assegurar boas relações entre os Estados, é necessário estas regras.

Segundo o arcebispo Tomasi, “muitas vezes são imprevisíveis as consequências deste tipo de acções, e de facto provocaram mortos e feridos. As famílias destas vítimas têm a simpatia de todos. Por outro lado, ocorre reconhecer e exprimir o direito que o Estado de Israel tem a viver e a defender-se, mas será precisamente através do diálogo que pode chegar a uma segurança que se baseia no respeito pelo direito internacional.

Depois deste incidente – observou o prelado, é evidente que a política de isolamento da Faixa de Gaza não pode funcionar, porque antes de mais há que fornecer uma resposta positiva aos direitos fundamentais da população de Gaza a dispor de alimentação, água, medicamentos e educação. O incidente que teve lugar há dias deve ser considerado um dos muitos acontecimentos que são ao mesmo tempo causa e reacção à instabilidade político-militar do Médio Oriente.

Segundo o arcebispo Tomasi, “devemos todos encorajar a comunidade internacional e os países mais directamente interessados a trabalharem a favor de uma solução de longa duração que outra não pode ser senão a coexistência de um Estado Palestiniano e de um Estado israelita seguro, de modo que entre os dois se possa não só respeitar as regras da independência , mas mesmo abrir as portas à colaboração,








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