Juiz de Fora, 03 jun (RV) - “Bendito sejais, Senhor Deus do universo, pelo
pão e pelo vinho..." "Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice,
anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos vossa vinda". "Vocês é que têm
de lhes dar de comer”.
A Eucaristia, que nos faz Igreja, nos leva a reviver
o memorial de nossa fé: paixão, morte, ressurreição e ascensão de nosso Senhor. Mas
a fração do pão eucarístico e a participação no banquete do Cordeiro nos levam a tornar
eucarística toda partilha do “pão nosso de cada dia” com quem está afastado do banquete
da vida e passa fome. A Eucaristia é a presença de Jesus ressuscitado, é um mistério
de fé que manifesta e consuma a unidade de Deus com os homens. Deus se fez homem.
Deus deseja estar com todos, servindo, acolhendo, sendo comunhão.
Crer e celebrar
a Eucaristia provoca na sociedade efeitos concretos de comunhão. A Eucaristia é o
prolongamento da encarnação de Cristo nos séculos. Ela multiplica Deus no mundo. Esse
mistério está no coração da Igreja, que o entende como síntese e ápice de toda sua
missão e fundamento de todo o seu ser. É o amor que faz ver e conhecer profundamente
esse mistério. E a fã deve ser iluminada pelo amor. Explicando a expressão “Corpus
Christi”, é uma expressão latina, que significa “Corpo de Cristo”. O latim, por muito
tempo e, até hoje, em grandes solenidades, foi e é a língua oficial da Igreja. É por
isto que esta solenidade é denominada pela expressão latina.
O mundo de hoje
está muito afastado do bem. Há muita violência, egoísmo, indiferença, ganância, corrupção,
falta de amor. Cabe a nós, que temos fé, que celebramos a Eucaristia, participar das
solenidades, não só fisicamente, mas com os nossos melhores sentimentos, com muito
amor, para que a Eucaristia nos ajude a combater o mal dentro de nós e no mundo, a
fim de que vivamos a paz de Cristo e consigamos tornar esse mundo melhor.
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Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)