2010-05-29 10:57:36

EDITORIAL: A ESPERANÇA DA FAZENDA


Cidade do Vaticano, 29 mai (RV) - Depois da Comunidade Shalom e da Canção Nova agora foi a vez da “Família Esperança” ser reconhecida como Associação Internacional de Fiéis pela Santa Sé. A Família da Esperança é responsável pelo trabalho da Fazenda da Esperança. Na última segunda-feira, dia 24, os fundadores da instituição, Nelson Rosendo Giovanelli e Frei Hanz Stapel, juntamente com alguns membros da comunidade, receberam o reconhecimento das mãos do presidente do Pontíficio Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rilko, no Vaticano.
A obra foi fundada em 1983, e com o passar dos anos, a comunidade terapêutica entendeu que sua finalidade principal era viver segundo os ensinamentos do Evangelho. Sendo assim, surgiu a associação de fiéis, nomeada "Família da Esperança" que, em 1998, recebeu a aprovação diocesana. Com o contínuo aumento dos membros, veio a necessidade de um Reconhecimento Pontifício pela Santa Sé. Nesses 27 anos de missão, a obra se expandiu por todo o país e no exterior. Atualmente atende cerca de 3 mil jovens nas 68 fazendas espalhadas por 21 estados do Brasil.
Quando Bento XVI foi ao Brasil em 2007 para a Abertura da Conferência de Aparecida entendeu que era preciso encontrar aqueles que se sentem os últimos na sociedade, então visitou a Fazenda da Esperança em Guaratinguetá, uma visita que marcou o Papa e não somente ele, mas todos os membros da Fazenda e o Brasil ligado com a visita através do rádio e da televisão. Nas suas palavras aos jovens presentes o Santo Padre recordou que eles “devem ser os embaixadores da esperança!”
O Brasil possui uma estatística, das mais relevantes, no que diz respeito à dependência química de drogas e entorpecentes. E a América Latina não fica atrás. “Por isso, disse então o Papa - digo aos que comercializam a droga que pensem no mal que estão provocando a uma multidão de jovens e de adultos de todos os segmentos da sociedade: Deus vai-lhes exigir satisfações. A dignidade humana não pode ser espezinhada desta maneira.”.
A Família da Esperança entendeu isso, e consome o seu dia a dia ajudando os filhos de uma sociedade que muitas vezes não olha para eles como filhos necessitados, mas como filhos problemáticos. No seu dia a dia a Família da Esperança, que não é uma congregação ou instituto secular, nem um movimento espiritual, mas uma comunidade de leigos, procura ajudar os jovens nas suas dependências. E esse reconhecimento Pontifício recebido é um sinal de que a inspiração para a realização deste trabalho é uma inspiração que vem do alto, para ajudar aqueles que já provaram o que significa, nesta terra, viver no inferno. (SP)







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