Cidade do Vaticano, 29 mai (RV) - Concórdia e prosperidade à Argentina, que
está celebrando 200 anos da Revolução de Mayo. São os votos do Papa Bento XVI ao país,
expressos por meio do Núncio Apostólico, Dom Adriano Bernardini. Na mensagem, o Pontífice
expressa “vivamente o seu afeto e proximidade espiritual a todos os argentinos” por
ocasião do Bicentenário da Independência.
“Quero enviar minhas felicitações
mais cordiais nesta festa nacional” - diz o Papa em sua mensagem, lida na Basílica
de Nossa Senhora de Luján, na tradicional solenidade do Te Deum, na última terça-feira,
com a presença da Presidente Cristina Kirchner.
Já o Arcebispo de Mercedes-Luján,
Dom Augustín Radrizzani, que presidiu a celebração, recordou os dois libertadores
da Pátria, José de San Martín e Simón Bolívar, afirmando que “o Bicentenário é um
desafio inevitável para a nação” e que “esta é uma ocasião propícia para fortalecer
nossa integração com os países da América Latina”.
Após a solenidade, a Presidente
e seu gabinete, acompanhados por Dom Radrizzani, saíram da igreja ovacionados pela
multidão.
Mais cedo, o Cardeal Jorge Bergoglio presidiu um ato na Catedral
Metropolitana de Buenos Aires. Em seu discurso, o Arcebispo lançou seu apelo para
que os políticos superem “o estado de confrontação permanente”.
O Cardeal
leu uma mensagem da Igreja Católica argentina que recorda que a celebração do Bicentenário
merece um clima social e espiritual diferente do que o país está vivendo: “Urge recriar
condições políticas e institucionais para superar o estado de confrontação permanente
que aprofunda nossos males” - diz um dos trechos.
O Arcebispo jesuíta destacou
ainda que “a qualidade institucional é o caminho mais seguro para conseguir a inclusão
de todos na comunidade nacional”.
A celebração do Te Deum contou com a participação
do Prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, um dos líderes da oposição à Casa Rosada.
(CM)